Quando entrar em campo para receber o Palmeiras no próximo domingo (29), às 16h (de Brasília), no primeiro clássico disputado no Morumbi na atual temporada, o Tricolor terá dois distintos tabus em jogo – além dos três pontos em disputa pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro – que darão ainda mais importância ao Choque-Rei: defender a sua hegemonia diante dos palmeirenses no Cícero Pompeu de Toledo e buscar a primeira vitória sobre os arquirrivais em 2016.
A última vitória do São Paulo em clássicos foi contra o Santos no dia três de junho de 2015, por 3 a 2, no Morumbi, pela competição nacional. Desde então foram dez jogos, com três empates e sete derrotas. E se o histórico recente mostra que o time são-paulino não tem vida fácil diante dos tradicionais adversários, os números no Morumbi contra os palmeirenses devolvem a força ao clube. Em seus domínios, o Tricolor não perde do Palmeiras há mais de 14 anos: 22 jogos, com 13 vitórias e nove empates. O último revés foi no dia 20 de março de 2002, por 4 a 2, pelo Torneio Rio-SP.
Por isso, ciente de todos os ingredientes que compõem o clássico, o técnico Edgardo Bauza encara o confronto deste final de semana com precaução diante das adversidades e dos desafios, como desfalques e maratona de jogos. “É muito cedo para dizer que será uma partida decisiva para a temporada. O que posso dizer é que estamos trabalhando para fazer o melhor possível. O Palmeiras teve 15 dias para fazer pré-temporada, nós não tivemos nem horas para isso. Além disso, temos vários jogadores com problemas musculares”, opinou Patón, que emendou.
“É muito difícil suportar tantas partidas no futebol brasileiro. Creio que é um clássico, uma partida muito importante e vamos armar a melhor equipe possível. O ataque do Palmeiras tem velocidade, nós temos a experiência. Lugano não joga sozinho, tem dez companheiros ao seu lado. Me preocupa mais a equipe que vou formar, que ainda não está clara na minha cabeça. Por isso, relacionei 25 jogadores para o jogo de domingo”, afirmou o experiente comandante argentino, que avaliou a situação do Tricolor no Campeonato Brasileiro.
“Se tivéssemos todos os atletas bem, estaríamos com as mesmas condições dos favoritos. Nos outros torneios do mundo, são dois, três favoritos. Aqui são 15 favoritos. É um campeonato muito competitivo e acho que vai ter muito vai-e-vem na competição. Até porque mais para frente tem a Copa do Brasil. Hoje não posso contar com sete jogadores por 15 dias e, nesse período, vamos disputar três partidas. Isso é muita coisa. Por isso que a cada jogo tenho de pensar na melhor formação possível”, finalizou.