Calendário 26/03/2010 - 00:00

Após dois meses e meio de ausência, o lateral-esquerdo Diogo procurou a diretoria do clube para acertar seu retorno às atividades no Centro de Treinamento tricolor. O contato foi feito um dia após a decisão que negou o pedido de liberação de seu vínculo com o São Paulo, decorrente de uma ação trabalhista movida pelo atleta.


 


A diretoria são-paulina, reiterando a intenção de continuar contando com o atleta, aproveitou o momento para propor e formalizar a extensão de seu contrato até 2015. Diogo se reapresenta na próxima segunda-feira, dia 29 de março, no CT Barra Funda, onde retomará seu trabalho e reencontrará parte do elenco – um grupo estará no México para a disputa da Copa Libertadores.


 


Ao site oficial do clube, Diogo falou sobre os motivos que o levaram a mover a ação contra o clube e a se ausentar por tanto tempo, e externou toda a sua satisfação em estar de volta àquilo que chamou de “sua casa”. Confira a entrevista:


 


1. Qual foi o motivo de sua saída do São Paulo?


Era uma necessidade que eu estava passando. Na minha opinião não estava sendo valorizado, junto com isso  recebi propostas da Itália e da Grécia que mexeram comigo e acarretou nisso tudo.


O mais importante agora é recuperar o tempo perdido, porque tenho convicção de que tenho muito a contribuir com o São Paulo, pois sempre me senti em casa.


2 . Se arrepende?


Não me arrependo.  Me senti valorizado porque o clube, em momento algum, desistiu que eu voltasse a defendê-lo.


3. O que o fez procurar o São Paulo para voltar?


O que mais me motivou a procurar o clube e voltar foi que desde o primeiro momento em que começou a disputa jurídica, o São Paulo sempre se colocou querendo meu retorno. As declarações do Ricardo Gomes tiveram grande importância também, porque ele sempre disse para eu ter paciência, pois minha hora ia chegar e mesmo depois que eu saí, ele continuou me elogiando.


4. Como foi esse período longe do clube, sem saber ao certo sobre seu futuro?


Não foi normal. Normal é estar trabalhando. Passei momentos difíceis, lógico, na dúvida sobre o meu futuro. Sou jovem, muita coisa passa pela minha cabeça, mas fiz tudo de consciência limpa.


5. Lição?


Lição disso tudo é que eu não consigo viver sem o futebol. Senti muita falta de estar no dia a dia treinando e disputando um lugar no futebol.


6. Acompanhou o São Paulo durante este período?


Direto, todos os dias, todos os jogos fiquei sabendo de tudo, da estreia do Fernandinho que marcou 4 gols, da chegada do Carleto, de quem fez gol, quem não fez. Enfim, acompanhei todos os dias do time.


7. O que você tem achado do time?


O São Paulo sempre foi um time forte e experiente, ainda mais agora com a chegada desses reforços. Sou amigo de todos e fico até suspeito para falar. Não tenho dúvida que o São Paulo tem um dos times mais fortes do Brasil e vai brigar por todos os títulos.


8. O que você projeta a partir deste momento?


Voltar a fazer o mesmo trabalho que vinha fazendo antes, porque estava sendo elogiado pelo Ricardo Gomes e ganhando espaço. Desta forma, recuperar o que perdi nesse tempo fora e ficar preparado para quando surgir uma oportunidade ir bem, porque sei que o que vale mesmo é dentro do campo e vou fazer de tudo para quando receber esta chance mostrar porquê o São Paulo continua apostando em mim.


9. Como espera encontrar o ambiente no clube?


Normal, até mesmo porque não interferi no dia a dia de ninguém, foi uma coisa pessoal. Tenho certeza que o ambiente no São Paulo vai ser como sempre foi: o melhor possível. Sempre fui muito bem tratado por todos no clube, desde funcionários, comissão técnica e os jogadores, que são todos meus amigos.


10. A concorrência na lateral esquerda aumentou com a chegada do Carleto. Como encara essa nova disputa?


Normal para mim. É até melhor porque se eu ganhar posição vou ficar bem. É assim mesmo, em time grande tem que haver disputa. Foi assim durante toda minha carreira e vai continuar assim porque quero estar sempre em times desse porte. A concorrência só faz a gente crescer.




11. Fica algum receio?


Um pouco de as pessoas pensarem algo errado de mim, porém, só eu sei o que passei. O que posso dizer é que respeito a opinião de todos e vou mostrar aqui que tenho muito a contribuir. Posso garantir que o meu sonho sempre foi defender e vestir a camisa do São Paulo e não é porque houve uma desavença que mudou. Meu sonho continua sendo ser titular do São Paulo e vou mostrar que posso. Sou jovem, mas tenho personalidade para assumir algumas posições. Para jogar no São Paulo tem de ter personalidade.


12. Recado?


Respeito a opinião de todos, mas vou conquistar o respeito de todos em campo, com minha dedicação e trabalho pelas vitórias.

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