Para quem acompanha o mundo esportivo, trabalhar no meio do
futebol parece ter mil coisas boas. E realmente tem. Mas apesar de
muito gratificante, está longe de ser fácil para os jornalistas que
cobrem o dia a dia dos clubes, já que precisam ficar ligados todo o
tempo na equipe, além de cobrir treinamentos e os jogos.
Por isso, a Comunicação do São Paulo Futebol Clube homenageia
esses profissionais que levam a vocês, torcedores, tudo sobre o São
Paulo.
Você sabe como é a rotina desses jornalistas? Então conheça um
pouco do trabalho dos repórteres.
O repórter é o jornalista que se desloca da redação para cobrir
um acontecimento. Na rotina dos grandes clubes existe a figura do
setorista, o repórter que acompanha o ambiente de um único time. A
rotina dele depende de dois fatores principais: o veículo no qual
trabalha e o horário do treino ou jogo.
No caso dos setoristas de jornal o trabalho depende do horário
do fechamento (esse horário depende do veículo, mas é sempre à
noite) e dos treinos. Quando o treinamento é de manhã, os
profissionais têm mais tempo para escrever a matéria, apurar os
fatos e podem discutir o enfoque dos textos com os editores. Já
quando a atividade do clube é à tarde, o repórter “sofre” um pouco
mais e precisa correr para entregar o material a tempo.
“Ser jornalista esportivo é, acima de tudo, amar a profissão,
amar o que faz. Quem não tem este amor, dificilmente vai aguentar a
‘pegada’. Tem que riscar da agenda os finais de semana e feriados
em razão do trabalho. É preciso, além disso, muita dedicação,
leitura, cultura esportiva para se destacar na área”, diz Marcelo
Lima, repórter da rádio Jovem Pan com 14 anos de profissão, sendo
nove como setorista do São Paulo.
Lima conta como é o dia de um repórter de rádio. “No CT, o
trabalho consiste em acompanhar os treinamentos, ficar atento à
formação usada pelo treinador, se há algum desfalque ou não. Depois
das coletivas devidamente gravadas, a tarefa é ‘jogá-las’ para o
computador e editá-las de acordo com a programação da emissora”,
diz. O trabalho não termina por aí, já que podem aparecer notícias
de última hora que precisam ser informadas ao vivo, ou então
problemas na gravação dos áudios, que precisam ser regravados.
Já os que trabalham em veículos online podem escrever matérias
quase em tempo real. Publicam as notas mais importantes ou
relevantes direto do Centro de Treinamento, e ao voltarem para a
redação fazem as chamadas “matérias de gaveta”, que já ficam
programadas para entrarem no ar no dia seguinte.
“Estou há quase dois anos no São Paulo, venho a todos os
treinos. Como a agilidade é o ponto forte da internet, escrevo boa
parte do material aqui do CT. E mesmo fora do clube fico apurando,
ligando para dirigente, assessoria, vendo no mundo o que se fala do
clube”, conta Luiz Ricardo Fini, do site Gazeta Esportiva.
“Em dia de jogo chego com muita antecedência ao estádio, um
horário que o torcedor não está habituado a chegar para conversar
com dirigentes e alguns jogadores. Fico no estádio também até muito
tempo depois do jogo”, completa.
A rotina do repórter de TV começa um dia antes, quando recebe a
pauta do que terá que fazer. Após acompanhar o treino, as
entrevistas coletivas e fazer a passagem (parte da matéria em que o
repórter aparece), a equipe volta para a emissora para decupar
(dividir as imagens para facilitar a montagem da matéria) e
finalmente montar o vídeo.
“Procuro saber antes tudo o que vou fazer, ler sobre o clube e
bolar uma pauta à parte da que o editor pediu. Às vezes, por
estarmos no CT, temos uma perspectiva diferente e fazemos algo a
mais. Fico com o cinegrafista perto de mim o tempo todo para termos
imagens e sonoras específicas”, diz Natalie Gedra, da TV
Bandeirantes.
VOCABULÁRIO DOS REPÓRTERES