Titular na equipe do técnico Muricy Ramalho, Denilson terminou
2014 em alta. Com a missão de ‘carregar o piano’, o camisa 15 deu
conta do recado e reconquistou o seu espaço no Tricolor. O jogador,
que foi parar no banco de reservas no primeiro semestre do ano
passado e disputou apenas quatro jogos antes da parada para a Copa
do Mundo, cresceu no segundo semestre e recuperou o prestígio com o
comandante. E após a ascensão na temporada passada, o jogador
acredita que 2015 tem tudo para ser ainda melhor.
O meio-campista espera o primeiro filho com sua esposa, Luiza.
“A ansiedade é grande. Tenho uma filha de seis anos, a Melissa, mas
não pude acompanhar o nascimento dela, porque na época jogava no
Arsenal-ING. Então, agora, vivo uma situação completamente
diferente, porque estou casado e acompanho o dia a dia da gravidez.
É uma sensação única e, por isso, a expectativa pela chegada do
João é grande. Ele vai nascer até o dia 9 de fevereiro. Estou muito
feliz”, revelou o atleta, que completou.
“Ter uma família traz motivação maior para trabalhar dobrado.
Quando você não tem filho ou alguém que esteja sempre com você, não
tem sentido algum trabalhar. Mas, a partir do momento que você tem
esposa e filho, a responsabilidade aumenta. Tenho certeza de que o
meu trabalho dentro de campo irá duplicar com a chegada do João,
porque terei mais vontade de dar o meu melhor para a minha
família”, opinou.
Curiosamente, o pai da esposa de Denilson, Lucho Nizzo, foi
treinador do volante são-paulino na Seleção Brasileira Sub-15.
Velhos amigos, genro e sogro estão unidos para fortalecer a
família. “Ele sempre me deu muita força, porque este lado afetivo
da família é importante. Não sou de falar muito, mas este momento é
único e traz uma felicidade enorme”, acrescentou o atleta tricolor,
que sempre contou com o apoio do comandante/sogro.
“A bola tem essa magia. Trabalhei com ele em 2003 na primeira
convocação dele para a Seleção Sub-15. O Denilson tinha 14 anos,
muitas vezes era reserva no São Paulo, mas já era titular e capitão
na minha equipe. E foi assim em muitas ocasiões, como no mundial da
categoria. Ele sempre se destacou e recebia premiações individuais
nas competições que a gente disputava. E, hoje, a vida nos uniu
novamente. É gratificante saber que pude contribuir na formação de
homem e atleta dele”, afirmou Nizzo.
A relação de Denilson e Luiza começou através do irmão dela,
Daniel, que é amigo do volante são-paulino. “Ele conheceu o meu
filho e, depois, a minha filha. Eles saiam juntos e, aos poucos,
surgiu o relacionamento. Quando o Denilson foi conversar comigo em
casa, para oficializar o namoro com ela, a voz dele não saia. Ele
não conseguia falar, porque a nossa relação era profissional até
ali: treinador e jogador. Então, tomei a iniciativa e achei
legal a atitude dele, porque já conhecia bem a índole dele”,
recordou Nizzo.
Sempre na torcida pelo camisa 15, Nizzo acredita que o jogador
pode dar ainda mais alegrias ao torcedor são-paulino. “Ele sempre
teve potencial. E isso foi comprovado. Sempre estive na torcida por
ele e, agora, espero que a chegada do João dê ainda mais motivação.
Antes de ser sogro dele, fui treinador. Então, cobro bastante e
falo muitas vezes coisas que atleta não gosta de ouvir. Ele
não gosta (risos), mas nessas horas eu falo que é um conselho de
treinador”, finalizou o sogro do marcador.