De volta, Muricy conta como foi o período ‘longe’ do São Paulo

De volta, Muricy conta como foi o período ‘longe’ do São Paulo

Calendário 6/10/2014 - 17:32

O técnico Muricy Ramalho está de volta ao comando do Tricolor.
Na tarde desta segunda-feira (6) na reapresentação do elenco após a
importante vitória sobre o Grêmio (1 x 0), o treinador reassumiu o
time e relembrou os momentos em que ficou longe do Centro de
Treinamento da Barra Funda. Recuperado de uma arritmia cardíaca, o
comandante festejou o seu retorno.

Desde o empate com o Flamengo (2 x 2) no dia 24 de setembro, na
capital paulista, Muricy estava afastado das atividades do São
Paulo. Em decorrência de uma arritmia cardíaca após a partida com
os cariocas, o técnico passou três dias internado no Hospital São
Luiz. Depois, teve alta e foi para casa, mas seguiu a programação
dos médicos e permaneceu em repouso.

“Foi bom pelo lado familiar, porque pude descansar um pouco e
ficar com eles. Mas, depois, vai ficando chato. Eu não podia fazer
muita coisa, tomava remédio direto e só assistia televisão.
Acompanhei alguns jogos, inclusive internacionais, mas felizmente
já posso trabalhar de novo”, recorda.

No período em que o treinador esteve afastado, o coordenador
técnico Milton Cruz dirigiu o Tricolor. Foram três jogos:
Fluminense (3 x 1), Huachipato-CHI (1 x 0) e Grêmio (1 x 0).
“Assisti aos jogos do São Paulo também. Mas, na verdade, isso foi a
pior parte, porque é como um jogador lesionado: ele quer ajudar,
mas não pode fazer nada e fica agoniado. Da minha casa eu não
conseguiria fazer muito”, relembra.

E logo no seu primeiro dia de trabalho, Muricy já se deparou com
vários desfalques. Principalmente no sistema defensivo, o técnico
terá que trabalhar bastante a equipe nos próximos dias antes do
duelo contra o Atlético-PR, no Morumbi, na próxima quarta-feira
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Além de Rodrigo Caio, que só voltará a atuar em 2015, Rafael
Toloi (estiramento na coxa esquerda) e Lucão (trauma no quadril)
seguem no REFFIS. Já Edson Silva e Reinaldo, suspensos pelo
terceiro cartão amarelo na competição nacional, não poderão atuar.
Por fim, Auro segue com dores na perna direita e é dúvida, enquanto
os convocados Alvaro Pereira, Souza e Kaká fecham a lista de
desfalques.

“Se o meu médico soubesse disso, pediria para eu ficar mais uma
semana em repouso (risos). A dificuldade é grande, mas é um efeito
do calendário também. Fiquei feliz pelas convocações do Kaká e do
Souza, porque é um prêmio para eles”, opinou o treinador, que fez
questão de agradecer o apoio da torcida e descartar qualquer
possibilidade de se aposentar.

“Foi muito legal saber que a torcida estava torcendo pela minha
recuperação. Senti que o incentivo da família e dos torcedores me
confortaram bastante. Naquele momento, quando fui para a UTI,
passaram muitas coisas na minha cabeça, como um filme mesmo. Mas
procurei ficar tranquilo e buscar esse apoio nos incentivos deles”,
revela Muricy, que completa.

“Os médicos fizeram todos os exames e, felizmente, não tenho
nada no coração. Era stress mesmo. E acredito que isso aconteceu
porque me sinto responsável quando o time perde. Tenho uma
identidade muito grande com o clube e isso se transformou em
stress. Mas estou bem de novo e pronto para trabalhar. Uma das
recomendações que recebi é para ficar mais tranquilo e delegar mais
as coisas. Não adianta querer consertar o mundo. Acho que aprendi
isso e estou pronto para trabalhar de novo”, finaliza.

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