Versátil, Michel Bastos chegou ao Tricolor e deu mais opções
táticas ao técnico Muricy Ramalho. Assim, logo ganhou várias
oportunidades e pôde mostrar o seu eficiente futebol. No entanto,
as seguidas suspensões prejudicaram o camisa 7, que desfalcou o
time são-paulino em algumas ocasiões, como no empate com a
Chapecoense (0 x 0) na última rodada.
Por isso, novamente à disposição do treinador, o armador não
quer saber de novas suspensões. “Foi passado para mim, porque eu
estava tomando muitos cartões. Eu dei minha explicação, de que
entro com vontade em campo e que não tiro o pé. Nunca fui jogador
agressivo. Ao contrário. Quem me conhece sabe que meu histórico é
de poucos cartões”, afirmou Michel, que acrescentou.
“Tenho duas expulsões na carreira, as duas no São Paulo, logo
que cheguei. O clube está ciente disso, então me pediram: “por
favor, sem cartão”. Vejo uma diferença grande entre a arbitragem da
América do Sul e a da Europa. Sinceramente, vou ter que começar a
me adaptar. Já estou começando a me adaptar ao fato de não poder
ter comunicação. Já vi que é impossível se comunicar com o
árbitro”, opinou.
Titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010, com
Dunga, na África do Sul, Michel atuou pela Roma-ITA nos últimos
seis meses antes de acertar a sua chegada ao São Paulo. No Velho
Continente, o atleta também passou pelo Lille-FRA, Lyon-FRA e
Schalke 04-ALE. Ao retornar para o Brasil e assinar com o Tricolor,
o camisa 7 acumulou cartões amarelos e duas expulsões.
“Sinceramente, alguns amarelos e vermelhos são até um pouco
severos. Não sou totalmente de acordo com a arbitragem. O fato de a
gente estar recebendo muitos cartões é porque o time está com
vontade, agressivo, tentando fazer uma boa marcação. Muitas vezes,
você acaba se excedendo um pouquinho. É normal de uma equipe que
quer vencer, que luta”, afirmou.
Para poder ficar mais tempo no campo e ajudando os seus
companheiros, o jogador aposta na conversa. “O negócio é sentar e
conversar para ver o que pode ser feito. É complicado. Sei que
acabei prejudicando minha equipe duas vezes, porque é muito difícil
jogar com um a menos, o desgaste é muito grande. A gente tem que
achar uma forma de não tomar muitos cartões”, finalizou.