Um gol às avessas. Assim que pode ser definido o gol histórico
que deu ao São Paulo o terceiro título mundial de sua história.
Afinal, em 2005, um atacante foi o responsável por dar a
assistência a um jogador de meio de campo invadir a área e ter a
frieza de um camisa 9 para marcar.
Sendo assim, vamos voltar à cena “do crime”. Eram jogados 26
minutos do primeiro tempo quando o zagueiro Fabão fez um lançamento
para o ataque. Aloísio dominou, viu a passagem de Mineiro e lançou.
O camisa 7 recebeu livre e tocou com precisão na saída do goleiro
Reina.
“Brinquei que fui um Ronaldinho paraguaio e o Mineiro teve a
frieza do baixinho Romário (risos). A gente treinava bastante e
fazia este posicionamento. Quando dominei a bola, o neguinho
(Mineiro) passou gritando. Já tentei dar este passe umas 100 vezes
e não consigo mais. Deu certo na primeira vez”, ressaltou Aloísio,
sempre esbanjando muito carisma.
Já Mineiro, sempre mais tímido, definiu na época como um lance
de loteria. “Foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Vi o
posicionamento do goleiro e toquei. Sabíamos que os ingleses
marcariam nossas jogadas de ataque, então teria de ter uma
surpresa”, disse o volante, na época.
Aquele time de 2005 ficará na história do clube. Comandado pela
estrela maior Rogério Ceni, o São Paulo contava com grandes
jogadores como Cicinho, Lugano, Josué, Amoroso, Júnior… uma
família que foi crescendo durante o ano e recebeu de braços abertos
seu novo integrante.
“Joguei a final da Libertadores daquele contra o São Paulo e
perdi. Fui contratado para um ataque com grandes jogadores. Fui bem
nos coletivos lá no Japão. Parecia que estava no clube há muito
tempo, pois o entrosamento foi muito rápido”, completou
Aloísio.
O gol decretou a vitória do Tricolor por 1 a 0 sobre o
Liverpool, da Inglaterra. Terceiro título do Mundial de Clubes para
o São Paulo. Naquele 18 de dezembro de 2005, muitos foram os heróis
e certamente cada um tem seu nome guardado na história do clube
paulista.