Conquista do bicampeonato brasileiro completa 32 anos

Conquista do bicampeonato brasileiro completa 32 anos

Calendário 25/02/2019 - 12:33

Há 32 anos, no Estádio Brinco de Ouro, o Tricolor escreveu um dos grandes capítulos na história do clube: no dia 25 de fevereiro de 1987, o São Paulo derrotou o Guarani e conquistou o Campeonato Brasileiro de 1986.

E foi com emoção! Na final, Gilmar, Pita e Careca comandaram a emocionante virada sobre os campineiros, que venciam até os instantes finais.

A busca pelo bicampeonato do Tricolor, que já havia conquistado o torneio em 1977, começou no dia 30 de agosto de 1986. A competição, que contou com a participação de 80 clubes, só terminou no ano seguinte quando o São Paulo ergueu a taça no interior paulista.

Na primeira fase, 44 clubes foram divididos em 11 grupos, jogando em turno único dentro de cada chave. Paralelamente, 36 foram divididas em nove grupos em busca de nove vagas na segunda fase, que contou com 36 times.

Nas fases finais, com oitavas de final, quartas de final, semifinais e final, as eliminatórias foram definindo os classificados. O Tricolor, então, sempre em jogos de ida e volta, passou por Inter de Limeira, Fluminense, América-RJ e Guarani para ficar com o título do Campeonato Brasileiro.

A equipe são-paulina, comandada por Pepe, era uma verdadeira constelação: Gilmar; Fonseca, Wagner Basílio, Darío Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas e Pita; Müller, Careca e Sídnei. Na edição daquele ano, Careca balançou as redes 25 vezes e foi o grande artilheiro da competição.

A FINAL

Decisão é palavra imprópria para descrever o que foi aquela partida: verdadeiro marco para toda uma geração de torcedores.

25 de fevereiro de 1987. O Brinco de Ouro com quase 40 mil pessoas vestidas de verde e super-confiantes na vitória, após o empate em 1 a 1 no jogo de ida. Toda essa pressão resultou, logo aos 6′, em gol contra do são-paulino Nelsinho. O Tricolor reagiu, minutos depois, não deixando por menos. Bernardo empatou, de cabeça.

Eletrizante do início ao fim, o tempo regulamentar terminou assim. A prorrogação seria ainda mais sensacional. Logo no primeiro minuto, Müller avança pela direita e cruza para Pita, que vira o jogo para o São Paulo. O Guarani não se dá por vencido, e empata a partida, novamente, com um cabeceio no ângulo do goleiro Gilmar.

O segundo tempo da prorrogação foi antológico. Aos 5′, o zagueiro são-paulino Wagner Basílio não domina a bola e João Paulo, veloz bugrino, avança, rouba a pelota e mesmo sofrendo falta a empurra para o fundo das redes. Virada verde, 2×3.

Parecendo não possuir mais forças, o Tricolor se vê desnorteado em campo. A torcida festeja. A imprensa já dá como certa a peleja. Até mesmo o hino do Guarani começa a ser escutado nos alto-falantes do estádio e nas telinhas por todo o Brasil. Um minuto para o fim. Fogos por toda a região.

E então, o silêncio.

Que foi desaparecendo ao ruído de um pequeno grupo, que comemorava enlouquecidamente, ainda sem entender direito o que havia acontecido.

 Wagner Basílio dera um chutão pro alto. Pita, antevendo a salvação, saltou, ganhando de seu marcador, e desviou a bola em profundidade. Careca correu e encheu o pé, afundando a bola com força no gol campineiro!

Mais uma vez tudo seria decidido nos pênaltis. Boiadeiro e Careca perdem suas cobranças. Em seguida, João Paulo também erra e os demais anotam os seus. A vitória estava nos pés de Wagner Basílio, que chutou mal, fraco, mascado. Os locutores já gritavam “Fora!”, mas foi gol! A bola entrou mansamente e descansou junto às redes laterais.

25.02.1987
Campinas (SP)
Estádio Brinco de Ouro da Princesa

GUARANI 3 x 3 SÃO PAULO

Tempo normal: 1 x 1
Prorrogação: 2 x 2
Pênaltis: 4 x 3 para o SPFC.

GFC: Sérgio Neri; Marco Antônio, Waldir Carioca, Ricardo e Zé Mário; Tite (Vagner), Tosin e Marco Antônio Boiadeiro; Catatau (Chiquinho Carioca), Evair e João Paulo. Técnico: Carlos Gainete.

Gols: Nelsinho (contra), 2’/1; Marco Antônio Boiadeiro, 7’/1pro; João Paulo, 2’/2pro.

Expulsão: Vagner, 12′ da prorrogação.

SPFC: Gilmar; Fonseca, Wagner Basílio, Darío Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas (Manu) e Pita; Müller, Careca (capitão) e Sídnei (Rômulo). Técnico: Pepe.

Gols: Bernardo, 9’/1; Pita, 1’/1pro; Careca, 13’/2pro.

Árbitro: José de Assis Aragão
Renda: Cz$ 4.222.000,00
Público: 37.370 pagantes

Pênaltis:

Boiadeiro – perdeu (Gilmar) / Careca – perdeu (Sérgio Neri)

Tosin – gol / Darío Pereyra – gol

João Paulo – perdeu (por cima) / Rômulo – gol

Waldir Carioca – gol / Fonseca – gol

Evair – gol / Wagner Basílio – gol

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