Se em 1992, o São Paulo chegou ao Mundial de Clubes como franco
atirador, em 1993, o Tricolor Paulista foi ao Japão como atual
campeão. Novamente no Estádio Nacional de Tóquio, onde o clube fez
festa há um ano, a equipe paulista mediu forças com o Milan, da
Itália.
Com a base de 92, além do Mestre Telê Santana no comando, o São
Paulo entrou em campo em pé de igualdade com os italianos. E não
demorou muito para o time brasileiro mostrar que estava disposto a
conquistar o bicampeonato mundial. Aos 19 minutos do primeiro
tempo, Palhinha abriu o placar.
Mas o Tricolor sabia que não estava enfrentando uma equipe
qualquer. No início da etapa final, Massaro deixou tudo igual no
Japão. Toninho Cerezo, que também participou do primeiro título
mundial, fez as honras e recolocou o São Paulo na frente do
placar.
A partir daí, foi um teste para cardíacos. Os italianos
pressionaram e conseguiram um novo empate aos 35 minutos com Papin.
Foi então que o atacante Muller fez um dos gols mais, digamos,
memoráveis da história de todos os Mundiais até hoje.
Aos 41 minutos, o são-paulino foi lançado pela direita e invadiu
a área. Após uma dividida com o goleiro Rossi, a bola bateu no
calcanhar do camisa 7, que estava de costas para o lance. E a bola
foi caprichosamente entrando para o fundo do gol. O São Paulo era
mais uma vez campeão do mundo.
“Vencer o Milan foi mais complicado que o Barcelona. Pois
tínhamos a responsabilidade de defender o título do ano anterior.
Em 92, o nosso time entrou como coadjuvantes. O São Paulo era mais
um time sul-americano e teve um menosprezo aí. Isso nos motivou
demais”, ressaltou Zetti.