Negociado com o Sevilla-ESP no último final de semana, o Maestro Paulo Henrique Ganso encerrou a sua passagem pelo Tricolor com uma certeza: pelo São Paulo, recuperou a alegria para mostrar a sua genialidade. Em seu ex-clube, o camisa 10 sofreu com as sucessivas lesões, mas o trabalho preventivo com os profissionais do Reffis devolveu a confiança ao jogador, que mostrou nos números a sua evolução. Abaixo, o site oficial do clube apresenta algumas estatísticas, curiosidades e feitos sobre a trajetória do meia pelo Morumbi.
1-Mais tempo no campo
Ganso chegou lesionado ao São Paulo, mas cumpriu todas as etapas no seu processo de recuperação, seguiu as recomendações do Reffis e assim pôde ficar mais tempo em campo. De 2012 a 2016, o jogador disputou 221 jogos, sendo titular em 193. Neste período, o Tricolor disputou 289 partidas. Ou seja, o camisa 10 esteve presente em 76,5% dos confrontos, além de ter ficado como opção no banco de reservas – sem atuar – em nove oportunidades (3,1%) e ser cortado em duas ocasiões (0,7%).
Por contusão, o armador desfalcou o time em apenas 24 vezes nas cinco temporadas, sendo a maior parte delas, 14, antes da estreia, já que foi contratado contundido (8,3%). Por suspensão, Ganso não pôde reforçar a equipe são-paulina em 11 oportunidades (3,8), além de ser preservado pela comissão técnica em 19 jogos (por opção) neste período: o que corresponde a 6,6% dos duelos do clube entre 2012 e 2016. A Seleção Brasileira também tirou o Maestro de duas partidas.
Se levarmos em consideração os números após a sua estreia, no final de 2012, o aproveitamento do Maestro é ainda melhor: disputou 221 partidas de 275 jogos do clube (presente em 80,4% dos duelos). Assim, foi o jogador que mais vezes atuou neste período, superando Rogério Ceni (192) e Rodrigo Caio (156). Seu retrospecto pelo Tricolor, aliás, é superior ao do seu ex-clube. No São Paulo, foram 105 vitórias e 48 assistências. Pelo Santos, foram 162 jogos, 84 vitorias, 35 gols e 36 assistências.
2-Garçom de ponta a ponta!
As assistências sempre foram o ponto forte do Maestro, que nunca escondeu preferir o passe ao gol. De 2013 – temporada que começou desde o início pelo Tricolor – até 2016, o camisa 10 sempre liderou o ranking de passes certeiros para gols do elenco. Em 2013 e 2014, foram 12 assistências. Em 2015, 15. E este ano, Paulo Henrique Ganso deixou o clube como o maior assistente da equipe, com sete passes para gols. Além de servir os companheiros com maestria, o jogador também mostrou que sabe balançar as redes: marcou 24 gols pelo São Paulo.
3-Dono da braçadeira
Além de Maestro, Ganso também foi capitão no Tricolor. A braçadeira esteve nove vezes no braço do camisa 10 de 2012 a 2016. A primeira vez foi durante a disputa da Copa Audi, em 2013, no duelo com o Milan-ITA (0 x 1), na Alemanha. Já a última partida do meio-campista com a braçadeira tricolor, que foi eternizada pelo M1TO, foi no Campeonato Brasileiro de 2015: na vitória sobre o Goiás por 1 a 0, no Estádio Serra Dourada, que classificou o São Paulo para a Libertadores da América de 2016.
4-Título na bagagem
Ganso deixou o Tricolor e afirmou que o seu grande desejo era ter conquistado a Libertadores da América. O camisa 10, inclusive, revelou que pretende retornar ao clube no futuro para buscar a taça. No entanto, vale ressaltar, o jogador partiu para a Espanha com um título continental na bagagem. Em 2012, o Maestro atuou em duas partidas na vitoriosa campanha da Sul-Americana. O atleta participou dos dois jogos da semifinal, diante da Universidad Católica-CHI e fortaleceu o São Paulo na inédita conquista.
5-Maestro dos clássicos
Jogos diante dos arquirrivais do Tricolor sempre motivaram o Maestro, que deixou a sua marca nos três confrontos entre os rivais paulistas: no Majestoso, no Choque-Rei e no San-São. Balançar as redes não era o diferencial do jogador, que ainda assim marcou 24 gols pelo São Paulo, mas Ganso era decisivo. E o mais bonito, de acordo com o próprio atleta, foi o anotado no clássico contra o Corinthians em 2014, na vitória por 3 a 2, no Pacaembu. “Fiz alguns importantes, como no empate com o River Plate-ARG (1 x 1) pela Libertadores deste ano, mas o mais bonito foi no clássico contra o Corinthians. Consegui acertar um belo chute, de fora da área, e a bola foi no ângulo”, recorda.