Poderia ser a noite do gol 3000 do São Paulo no Morumbi, ou quem sabe a confirmação de que o time reagiu definitivamente no Campeonato Brasileiro, mas o sistema defensivo da Chapecoense travou o Tricolor nesta quinta-feira (17) e segurou o empate sem gols no confronto válido pela 26ª rodada. Motivada após a heroica vitória sobre o Grêmio (2 x 1) no último final de semana, em Porto Alegre, a equipe são-paulina tentou de todas as formas balançar as redes e se consolidar no G-4, porém ‘ficou no quase’.
No próximo domingo (20), às 16h (de Brasília), o São Paulo tentará retomar o caminho das vitórias diante do Avaí. Vale lembrar que o empate com a Chapecoense manteve um incômodo tabu no Cícero Pompeu de Toledo: o Tricolor nunca bateu a equipe de Chapecó. Agora, são um empate e uma derrota – em 2014, por 1 a 0. Apesar do tropeço em casa, os comandados de Juan Carlos Osorio entraram no G-4, agora com 42 pontos.
Para encarar os catarinenses, o time são-paulino teve quatro desfalques por motivos médicos no São Paulo: os zagueiros Breno e Luiz Eduardo, o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Wilder ficaram sob os cuidados do REFFIS. Além deles, o goleiro Denis e o centroavante Alan Kardec, que seguem em processo de recondicionamento físico após cirurgia, ainda não atuaram sob comando do técnico Juan Carlos Osorio, que pôde contar com as voltas do goleiro Rogério Ceni e do atacante Luis Fabiano.
Dessa forma, a equipe foi escalada no esquema tático 4-3-3 e começou a partida com Rogério Ceni; Bruno, Rodrigo Caio, Lucão e Matheus Reis; Thiago Mendes, Carlinhos e Wesley; Michel Bastos, Alexandre Pato e Luis Fabiano. Com esta formação, Thiago Mendes protegia a defesa, enquanto Wesley e Carlinhos atuavam mais soltos no meio de campo para ajudarem na armação. Na frente, Pato pela esquerda, Michel Bastos pela direita e Luis Fabiano centralizado tinham as missão de buscar os espaços na defesa.
No entanto, apesar da postura ofensiva, o primeiro tempo foi amarrado e sem grandes oportunidades de gols para os dois lados. O São Paulo tentava chegar com jogadas individuais ou dribles, mas esbarrava no sistema defensivo adversário. A Chapecoense, apostando nos contragolpes, prendia a bola atrás e só descia quando sentia segurança. Os visitantes até criaram situações de perigo, mas não balançaram as redes.
Já o Tricolor, apesar de tentar rodar a bola e buscar alguns cruzamentos na grande área, só conseguiu assustar aos 17 minutos. Wesley recebeu ótimo passe de Michel Bastos no lado direito da área e cruzou. A bola voltou para o volante, que emendou de primeira e obrigou o goleiro Danilo a fazer a defesa e impedir que o zero saísse do placar antes do intervalo. Mesmo insistindo, os atletas são-paulinos foram para os vestiários sem tirar o grito de gol da torcida.
Na volta para a segunda etapa, os catarinenses trataram de se lançar ao ataque e criaram boas situações para marcar. Porém, apesar de voltar melhor e finalizar várias vezes nos primeiros minutos, os visitantes também não alteraram o marcador. Sentindo que a equipe são-paulina precisava reagir e para tentar mudar o panorama do confronto, o treinador colombiano promoveu logo duas alterações aos 10 minutos: Centurión herdou o lugar de Carlinhos, enquanto Rogério ocupou a vaga de Pato.
Com mais opções ofensivas e em busca do gol, o Tricolor rondou a área do rival com mais frequência, mas a defesa adversária neutralizava as investidas dos anfitriões. Em uma nova tentativa de dar mais velocidade ao time e tentar surpreender, Osorio apostou no jovem Auro, que substituiu Wesley. Mas, mesmo com novas alternativas, a noite não era mesmo de gols no Morumbi: 0 a 0.