Terceiro personagem na minissérie do site oficial sobre os novos
integrantes da comissão técnica tricolor, o preparador de goleiros
Carlos Gallo brilhou embaixo das traves quando era jogador e,
agora, tem a missão de condicionar os arqueiros Denis, Renan
Ribeiro e Léo. No clube desde 2012, quando assumiu o desafio de
supervisionar a preparação dos goleiros no Centro de Formação de
Atletas Laudo Natel, em Cotia, Carlos foi o arqueiro titular da
Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1986, esteva no elenco nas
Copas de 1982 e 1978, além dos Jogos Olímpicos de 1976.
Assim que pendurou as luvas, iniciou a sua trajetória na
comissão técnica. “Quando parei de jogar, em 1994, fui convidado
para ser técnico da equipe juniores do Guarani. Foi uma pequena
passagem, de um ano, mas que rendeu uma rica experiência. Foi
importante, porque aprendi que o goleiro não é apenas uma peça na
equipe. Ele não está lá simplesmente para defender, e sim como
parte de um sistema que interage com a defesa e com o time. O
goleiro é tão importante quanto qualquer outro jogador, e por isso
saber usá-los pode render uma vantagem sobre o adversário”, avalia
o preparador, que emenda.
“A partir do momento que eu entendi como este elenco poderia
potencializar uma equipe, iniciei o meu trabalho na preparação de
goleiros. Em 2005, comecei o trabalho de preparar os goleiros do
Noroeste, de Bauru, e também entrei na faculdade. Cursei educação
física, porque sentia necessidade de entender mais o funcionamento
do corpo humano no esporte, porque só a experiência no campo
limitava muito a minha função. Ter uma formação permitiu que eu
conseguisse aplicar o meu trabalho de uma forma mais ampla.
Entender mais estas diversas áreas que interagem com a preparação
de goleiros contribuiu no meu trabalho”, acrescenta.
Experiente e com um currículo acadêmico, Carlos foi então
contratado para supervisionar a preparação dos goleiros do CFA e,
desde então, reforça o Tricolor. “Estava na Ponte Preta quando
recebi o convite. Aceitei e, sem dúvida, foi um grande aprendizado.
Pude notar os comportamentos na formação dos jogadores e, com
reflexão, entender como isso influenciava na formação dos goleiros.
A estrutura e os profissionais do CFA também me ajudaram bastante e
me fizeram evoluir profissionalmente. Com esta somatória de coisas,
pude aperfeiçoar o meu trabalho e me tornar um profissional ainda
mais capacitado”, revela.
No início de 2016, entre as mudanças na reformulada comissão
técnica do profissional capitaneada pelo experiente Edgardo Bauza,
Haroldo Lamounier que trabalha há 17 anos no clube, passou a
integrar a comissão técnica das categorias de base, enquanto Carlos
foi chamado para reforçar o Centro de Treinamento da Barra Funda.
“Não é uma questão de desafio, porque cada momento representa uma
fase na carreira de qualquer profissional. Cada um tem a sua
maneira, mas o importante é respeitar cada condição e ser um
facilitador no desenvolvimento dos goleiros. Se o goleiro quiser,
pode aprender e evoluir durante muitos anos, porque o
desenvolvimento é um processo contínuo”, afirma Carlos, que
completa.
“O que difere, na verdade, é o interesse de aprendizado. É dessa
forma que encaro este momento no profissional, e assim quero dar
sequência ao meu trabalho. Quero fazer um trabalho consistente e
ser este facilitador”, diz o preparador, que enalteceu o trio
formado por Denis, Renan Ribeiro e Léo. “Os três têm excelentes
condições de poder atuar. Cada um tem o seu estilo, uma maneira e
por isso são diferentes. Mas, têm capacidade de jogar em alto nível
e defender o São Paulo. Já mostraram o potencial deles, e agora é
uma questão de aproveitar o momento”, finaliza.