Muricy Ramalho construiu boa parte de sua carreira como jogador no México, jogando pelo Puebla; Hugo atuou pelo Monterrey em 2001; Rogério Ceni, Josué e Júnior entre outros remanescentes, também sabem como é difícil enfrentar as equipes mexicanas na Libertadores. Mas ninguém abre mão da vitória.

“É difícil porque as equipes mexicanas têm dinheiro para investir e o povo é fanático. O futebol pra eles é prioridade e um grande negócio”, explica o técnico são-paulino.

“Além dos investimentos, os mexicanos sabem jogar. Eles têm um futebol vistoso, de toque de bola e estão se tornando cada vez mais competitivos”, completa Muricy, que promete atacar. “Não vamos mudar nosso jeito de jogar, vamos buscar a vitória”, ressalta.

Nas últimas duas edições da Libertadores, grandes jogos marcaram o encontro entre o time paulista e os times mexicanos. Foram seis jogos, sem nenhum empate. O Tricolor venceu três vezes e sofreu três derrotas.

Em 2005, o Tigres foi batido pelo Tricolor no Morumbi com dois golaços de Rogério Ceni, mas descontou em Monterrey, vencendo por 2×1.

No ano passado as duas derrotas seguidas para o Chivas na primeira fase quebrou uma invencibilidade de 30 jogos do São Paulo no Morumbi pela Libertadores.

Nas semifinais os times se reencontraram e o Tricolor deu o troco. Venceu tanto em Guadalajara (quebrando um tabu da equipe local que nunca havia perdido para um time estrangeiro no Estádio Jalisco) como no Morumbi, classificando-se mais uma vez para a final da Libertadores.

Rogério, que já marcou três vezes sobre os mexicanos, reconhece que não terá vida fácil contra o Necaxa, mas também confia em triunfo são-paulino.

“Eles jogam com a bola no chão, com qualidade. Mas vamos lá pra vencer, porque eles ganharam os dois jogos e são líderes do grupo”, afirma.

O Necaxa tem seis pontos, contra quatro do São Paulo e do chileno Audax Italiano, que tem um jogo a mais; o peruano Alianza Lima ainda não pontuou.