O atacante Borges sabe que errou ao revidar a agressão de Túlio, do Grêmio, e ser expulso do jogo em Porto Alegre poucos minutos após ter entrado em campo para substituir Washington. A expulsão pode fazer com que Borges não atue mais neste ano, já que será julgado durante a semana faltando quatro jogos para o término da competição. A possibilidade de ficar ausente do time no momento mais decisivo do ano e a repercussão de sua expulsão tem dificultado até o sono de Borges. Ele pede desculpas aos são-paulinos e afirma que está fazendo até hora extra nos treinos para dar a volta por cima no Tricolor. “Eu errei, não deveria ter revidado. Mas foi no impulso de querer ajudar, entrei com muita vontade, queria mostrar tudo em pouco tempo. Assim que cheguei no vestiário pedi desculpas ao time e peço aos torcedores. Sou ser humano, também erro”, disse. “O que mais me incomoda é as pessoas falarem que fui expulso premeditadamente. Completei 150 jogos pelo São Paulo contra o Grêmio e essa foi minha segunda expulsão na carreira. Nunca fui indisciplinado. Não é de hoje que tenho feito hora extra todos os dias no CT, o pessoal da comissão técnica tem observado, porque quero dar a volta por cima. Espero ser julgado pelo meu histórico também, não só pelo lance”, completou. O que mais incomoda Borges é ter seu nome envolvido em negociações. “Isso me prejudica. As pessoas de fora dizem que acertei com um time lá, outro cá, mas ninguém mostra nada. É tudo mentira. Inclusive conversei com o Juvenal [presidente] e o Milton Cruz em Porto Alegre, eles mostraram que querem que eu fique. E deixei bem claro pra eles que se chegar alguma coisa [proposta] vou mostrar para o São Paulo porque eu respeito muito esse clube que abriu as portas pra mim”, disse. “A única coisa que penso hoje é terminar bem este ano, ser campeão novamente. Espero ter a oportunidade de ajudar meus companheiros nesta reta final”, diz.