Com 11 minutos de jogo na noite desta quarta-feira (18), na Arena Independência, o Tricolor era derrotado por 2 a 0 pelo Atlético-MG e se despedia da Libertadores da América de 2016. No entanto, com o gol de Maicon, inteligência tática e muita garra até o apito final, o São Paulo conseguiu descontar e eliminou os mineiros no placar agregado: 1 x 0, na ida, e 1 x 2, na volta. E de acordo com o técnico Edgardo Bauza, a classificação para a semifinal foi possível graças ao comprometimento dos atletas em campo, que conseguiram cumprir o planejamento para o decisivo confronto em Belo Horizonte.
“O mais importante foi a ordem que a equipe conseguiu manter. Começamos muito mal, sabíamos que o Atlético iria pressionar com muita intensidade e tomamos os dois gols. A equipe demorou 15 minutos para se encontrar em campo. Por sorte, fizemos o gol, e a partir daí começou outra partida. As duas equipes passaram a ter oportunidades de gol. O segundo tempo começou igual. O problema maior foi que nos últimos 15 minutos ficamos muito atrás, mas nunca perdemos a ordem em campo. Isso foi fundamental”, avaliou Patón, que emendou.
“Estamos entre os quatro melhores da América, e são pouquíssimos que imaginavam isso. Foi uma partida muito difícil. O Atlético nos obrigou a marcar com todo mundo. Mas a ordem em campo foi fundamental. O Atlético-MG nos pressionou muito nos 15 minutos finais, ficou muito perto de nossa área, e isso eu não gostei. Temos que se preparar para isso. As semifinais serão mais duras ainda. Eu analiso as partidas para ganhar. O principal é que as partidas da Libertadores não são de 90 minutos, você tem que planejar os 180 minutos”, afirmou.
Para avançar na maior competição sul-americana, o Tricolor derrotou os mineiros no confronto de ida, no Morumbi, com gol do decisivo Michel Bastos, e depois encarou de igual para igual um dos anfitriões mais duros do futebol brasileiro. “Fizemos uma partida perfeita no Morumbi, não sofremos nenhum gol, ganhamos o jogo, e sabíamos que precisávamos fazer um gol aqui. Na Libertadores, não é fácil ganhar como visitante”, opinou o experiente comandante argentino, bicampeão do torneio, que acrescentou.
“Na Libertadores é importante marcar gols como visitante, é uma arma muito importante. Quando cheguei para trabalhar no São Paulo, um dos problemas era a bola parada. A favor e contra, era grave. Hoje é uma arma importantíssima para nós. Não sofremos tantos gols, e fizemos muitos. Isso é fruto do trabalho. Obviamente que sempre queremos ganhar, mas não é fácil, principalmente na Libertadores, é muito difícil”, finalizou.