Com gol de Rodrigo Caio, o Tricolor bateu o Rio Claro por 1 a 0
no último final de semana e deu o primeiro passo para reagir na
temporada. E para derrotar o clube do interior, no Pacaembu, o São
Paulo contou com grande atuação do versátil Carlinhos, que deu a
assistência para o camisa 3 e deixou boa impressão. Presente em
seis partidas das oito partidas do ano, sendo titular em apenas
duas, o ala mostrou que tem condições para pedir passagem entre os
titulares e acirrar a disputa por um lugar no time.
“Sobre ser titular ou não neste ano, entendo, porque em 2015
tive muitas lesões. Isso gerou certa desconfiança, por isso o clube
contratou (Mena). Mas, agora, as coisas vêm dando certo, fiz uma
pré-temporada muito boa e tenho treinado bem. Saí um pouco atrás no
começo da temporada, mas tenho certeza de que com atuações como a
de ontem (domingo) e não tendo lesão, o ano será diferente”,
afirmou o camisa 6, que acrescentou.
“Foi uma semana turbulenta. Mas estava esperando minha
oportunidade, independentemente da posição. Surgiu ali. Tenho muito
a apresentar, foi só meu segundo jogo no ano como titular. Ritmo de
jogo, condição física… Mas deu para apresentar bom futebol. E
ganhamos o jogo, para dar uma amenizada na situação”, avaliou
Carlinhos durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira
(22).
Escalado na ponta esquerda, o jogador deu conta do recado e
criou boas oportunidades de gol para a equipe são-paulina.
Lateral-esquerdo de origem, o atleta descobriu uma nova função
tática com o técnico Juan Carlos Osório – que o escalou pela
primeira vez como ponta – e deste então fez com que o time ganhasse
variações táticas.
“Agradeço muito ao Osorio. Ele acabou abrindo um leque muito
grande na minha carreira, me testando em várias posições. Ele
estava buscando alternativas. As pessoas questionavam, e as coisas
foram acontecendo. Hoje posso exercer várias funções táticas”,
disse o ala, que também soube aproveitar a chance com o técnico
Edgardo Bauza.
“O gol foi fruto de todo o trabalho que foi feito aqui. Muita
jogada ensaiada. O Patón sempre pede a bola ali para que os
jogadores buscarem a finalização de cabeça. E, hoje, bola parada
decide jogo. É muito difícil jogar contra uma equipe com 10 atrás,
como o Rio Claro, por isso a bola parada resolve, como resolveu”,
acrescentou. Durante o bate-papo com os jornalistas, Carlinhos
também avaliou o momento da equipe e projetou os próximos
compromissos.
“Até o clássico, as coisas estavam caminhando. O time está
passando por um processo, com novo treinador. Aconteceu de perder o
clássico e, logo em seguida, o jogo da Libertadores. Coincidiu com
o momento. Mas todo lugar tem esse tipo de situação de campo. Os
jogos até a partida contra o River Plate são importantes. Em todos
os campeonatos, você joga contra equipes inferiores. Não tem só
Barcelona e Real Madrid, Chelsea. Contra esses adversários, você
adquire certa forma de jogar. Às vezes, atacante precisa de gol
para adquirir confiança. E é um campeonato que o São Paulo não
ganha há muitos anos”, finalizou.