Ao contrário do que aconteceu em Guayaquil, quando o São Paulo foi impedido de fazer o reconhecimento do gramado do Emelec e foi para o jogo sem treinar, desta vez Muricy e seus comandados tiveram todas as condições de colocar os trabalhos em prática.
Num belíssimo estádio e com o gramado impecável, os jogadores treinaram por mais de uma hora. Os colombianos receberam o clube com muito profissionalismo e, como de costume, o povo local foi muito respeitoso com os craques tricolores.
Em campo, Muricy não esboçou a equipe que vai a campo, até porque o uruguaio Alvaro Pereira se apresenta somente nesta quarta – ele defendeu seu país no amistoso contra o Chile, na terça, em Santiago. Depois de um longo aquecimento, o treinador comandou uma atividade em campo reduzido, com trocas de passes rápidas e muita movimentação.
Rogério treinou faltas e pênaltis e os atacantes aprimoraram a pontaria com chutes de média e longa distâncias, além de finalizarem de cabeça os cruzamentos dos laterais.
A cobertura da imprensa local foi numerosa. Muitos veículos de comunicação presentes no estádio para cobrir o ‘gigante’ São Paulo, como eles definem. Kaká e Rogério Ceni eram os principais alvos dos colombianos. A imprensa brasileira também estava em bom número.
O estádio Atanásio Girardot chamou a atenção dos atletas por alguns bons motivos. A qualidade do gramado, as cores nas arquibancadas e principalmente pela liberdade que o torcedor terá para assistir ao jogo. Isso porque não há nenhuma barreira, foço ou alambrado entre as cadeiras térreas e o campo. O acesso é direto e os torcedores, juram os colombianos, respeitam seus lugares.
“É difícil acreditar que um dia isso possa ser feito no Brasil”, disse o volante Denilson, que mesmo ressaltando a educação colombiana, prevê grande pressão das arquibancadas. “Não tenho dúvida que será uma pressão grande. Já comentaram que os ingressos estão praticamente esgotados e temos que ter inteligência pra segurar o ímpeto inicial e impor nossa forma de jogar”, afirma o camisa 15.