As 9 maiores viradas da história do São Paulo

As 9 maiores viradas da história do São Paulo

Calendário 9/02/2018 - 07:42

No ano em que o Tricolor se sagrou tricampeão da Libertadores e do Mundo, o time são-paulino protagonizou um exemplo de garra e dedicação que lhe reforçou o apelido de Time de Guerreiros (coro que a torcida cantava, desde 2004, em saudação ao elenco que reconduziu o São Paulo ao torneio sul-americano): Foi a famosa Blitz Tricolor. Naquele 9 de fevereiro de 2005, há 13 anos, os tricolores viraram um jogo praticamente perdido nos acréscimos, derrotando o São Caetano por 4 a 3, fora de casa.

Mas essa não foi a maior virada da história do clube. Aqui, então, aproveitando o gancho, elencamos um top-9 de maiores vitórias de virada para os torcedores relembrarem.  

Foram tomados como critérios a quantidade de gols atrás do placar, o saldo de gols em desvantagem durante o segundo tempo do jogo, o tempo necessário para virar o jogo e quanto faltava para acabá-lo, e se a partida foi em casa ou fora. O caráter decisivo do confronto também foi levado em consideração (assim, excluídos amistosos). 

 

9º – CRUZEIRO 2 X 3 SÃO PAULO (2005)
21.09.2005. Campeonato Brasileiro – Fase Única

Maior desvantagem: 2 gols (0 x 2)
Virada em 16 minutos (contada a partir do primeiro gol da série que levou a virar) – faltando 19 minutos – fator preponderante para a posição
Ordem dos gols: 
Cruzeiro: Kelly, 16/1
Cruzeiro: Diego, 10/2
São Paulo: Flávio Donizete, 12/2
São Paulo: Christian, 16/2
São Paulo: Rogério Ceni (pênalti), 26/2

Apesar de ocupar o nono posto, todo são-paulino lembra mesmo é do jogo de 2006, o empate em que Rogério Ceni pegou pênalti, marcou dois gols e entrou para o livro dos recordes como maior goleiro artilheiro do mundo. Mas esse jogo de 2005 também tem valor e claro, contou com gol do goleiro artilheiro decidindo a vitória.

 

8º – GUARANI 2 X 3 SÃO PAULO (1995)
22.07.1995. Campeonato Paulista – 2ª Fase

Maior desvantagem: 2 gols (0 x 2)
Virada em 11 minutos – faltando 4 minutos 
Ordem dos gols: 
Guarani: Djalminha (pênalti), 45/1
Guarani: Luizão, 14/2
São Paulo: Dodô, 30/2
São Paulo: Pereira, 36/2
São Paulo: Caio, 41/2

Um verdadeiro embate entre jovens revelações do futebol brasileiro que culminou com a vitória de virada do Tricolor, após, claro muito sufoco. O São Paulo só conseguiu reagir após a expulsão de Cláudio, do Guarani, aos 30 minutos do segundo tempo – fator preponderante para essa posição no ranking.

 

7º – CORINTHIANS 2 X 3 SÃO PAULO (1946)
13.03.1946. Taça Cidade de São Paulo – Fase Única

Maior desvantagem: 2 gols (0 x 2)
Virada em 27 minutos – faltando 1 minuto – fator preponderante
Ordem dos gols: 
Corinthians: Savério (contra), 1/1
Corinthians: Cláudio, 25/1
São Paulo: Remo, 17/2
São Paulo: Teixeirinha, 25/2
São Paulo: Sastre, 44/2

O jogo começou todo errado, com o defensor Savério marcando gol contra com um minuto de partida. No segundo tempo, Joreca pôs o time na linha e os gols começaram a sair, sem desespero. Mas foi só ao fim da partida que o gol de Sastre, de cabeça, selou a virada são-paulina. 

 

6º – AMÉRICA-RN 3 X 4 SÃO PAULO (1975)
31.08.1975. Campeonato Brasileiro – 1ª Fase

Maior desvantagem: 2 gols (1 x 3)
Virada em 7 minutos – faltando 3 minutos – fator preponderante
Ordem dos gols:
São Paulo: Ademir, 14/1 
América: Santa Cruz, 8/2
América: Ivanildo, 13/2
América: Élcio, 28/2
São Paulo: Serginho Chulapa, 35/2
São Paulo: Ademir, 39/2
São Paulo: Arlindo, 42/2

O Tricolor começou ganhando. O primeiro tempo terminou 1 a 0 a favor e parecia tudo dominado, quando, em um espaço de 20 minutos, o América já vencia por 3 a 1, faltando 17 minutos para o fim da partida. A ficha caiu e o São Paulo resolveu jogar bola: em sete minutos revirou o placar, com três gols nos últimos dez minutos, e saiu de Natal com a vitória por 4 a 3. 

 

5º – SÃO PAULO 3 X 2 PONTE PRETA (1999)
14.11.1999. Campeonato Brasileiro – Quartas de Final 
– fator preponderante

Maior desvantagem: 2 gols (0 x 2)
Virada em 13 minutos – faltando 22 minutos
Ordem dos gols: 
Ponte Preta: Claudinho, 31/1
Ponte Preta: Roberto, 42/1
São Paulo: Marcelinho Paraíba (falta), 12/2
São Paulo: Marcelinho Paraíba, 16/2
São Paulo: Marcelinho Paraíba, 23/2

Aqui nasceu o Marcelinho 100% Paraíba. O atacante fez história e foi o grande personagem do São Paulo naqueles confrontos de mata-mata contra a Ponte Preta, valendo vaga na semifinal do Brasileirão de 1999. Com a trinca de gols, Marcelinho impediu que o Tricolor começasse a série melhor de três com uma derrota, que, como se viu, seria fatal (o time perdeu a partida seguinte em Campinas e suou muito para vencer a terceira, na mesma cidade).

 

4º – BOTAFOGO 2 X 3 SÃO PAULO (1981)
26.04.1981. Campeonato Brasileiro – Semifinal 
– fator preponderante

Maior desvantagem: 2 gols (0 x 2)
Virada em 33 minutos – faltando 12 minutos
Ordem dos gols: 
Botafogo: Jérson, 10/1
Botafogo: Mendonça, 18/1
São Paulo: Serginho Chulapa (pênalti), 44/1
São Paulo: Éverton, 21/2
São Paulo: Éverton, 33/2

Depois de ter perdido a primeira partida da semifinal do Brasileirão para o Botafogo, fora de casa, o Tricolor se viu em maus lençóis no Morumbi, quando, prestes a ser encerrado o primeiro tempo, perdia por dois a zero para o time carioca. Faltariam 45 minutos para tentar reverter algo em que em momento algum dos outros 135 minutos da disputa os são-paulinos haviam conseguido. A tarefa foi um pouco aliviada pelo gol de Serginho, de pênalti, aos 44 minutos da etapa inicial. Foram os gols espetaculares de Éverton, contudo (e em especial o último), que entraram para a história, símbolos de uma das maiores viradas de todos os tempos. 

 

3º – BOTAFOGO 3 X 4 SÃO PAULO (2017)
29.07.2017. Campeonato Brasileiro – Fase Única

Maior desvantagem: 2 gols (1 x 3)
Virada em 8 minutos – nos acréscimos – fator preponderante
Ordem dos gols:
São Paulo: Cueva, 17/1
Botafogo: Marcos Vinicius, 19/1 
Botafogo: Marcos Vinicius, 25/1
Botafogo: Guilherme, 23/2
São Paulo: Marcos Guilherme, 38/2 
São Paulo: Hernanes, 41/2
São Paulo: Marcos Guilherme, 46/2

Apesar de ter começado o jogo na frente do placar, o São Paulo não teve nem tempo de respirar para tentar manter o resultado. Em pouco tempo o Botafogo empatou e virou a partida. A situação por pouco não degringolou de vez com o terceiro tento carioca, já na metade do segundo tempo. Com poucos minutos para produzir algo, talvez fosse melhor fechar a defesa, não? Não, Marcos Guilherme e Hernanes não pensavam assim e, nos sete minutos finais, protagonizaram um verdadeiro show, que terminou com a revirada são-paulina em uma vitória inesquecível.

 

2º – SÃO CAETANO 3 X 4 SÃO PAULO (2005)
09.02.2005. Campeonato Paulista – Fase Única

Maior desvantagem: 2 gols (1 x 3)
Virada em 7 minutos – nos acréscimos – fator preponderante
Ordem dos gols:
São Caetano: Luiz Cláudio, 4/1
São Paulo: Diego Tardelli, 10/1
São Caetano: Anaílson, 40/1
São Caetano: Zé Luís, 16/2
São Paulo: Marco Antônio, 40/2
São Paulo: Grafite, 43/2
São Paulo: Josué, 47/2

Foi a virada mais rápida e mais tardia em toda a história do São Paulo. Certamente mereceria o primeiro posto, não fosse pela questão da quantidade de gols a serem revertidos, mas ainda assim, foi um espetáculo. Faltando cinco minutos para o fim do tempo regulamentar, o Tricolor começou a reação e, daí, não parou mais. Em menos de sete minutos, dominando o adversário por todos os lados e atacando impiedosamente, o São Paulo conseguiu a vitória nos acréscimos. Eis a Blitz Tricolor. 

 

1º – SÃO PAULO 5 X 3 SANTO ANDRÉ (1994)
03.05.1994. Campeonato Paulista – Fase Única

Maior desvantagem: 3 gols (0 x 3) – fator preponderante
Virada em 39 minutos – faltando 31 minutos
Ordem dos gols:
Santo André: Jorginho, 3/1
Santo André: Claudinho, 6/1
Santo André: Jorginho (pênalti), 13/1
São Paulo: Doriva, 20/1
São Paulo: Palhinha, 43/1
São Paulo: Müller (pênalti), 13/2
São Paulo: Palhinha, 14/2
São Paulo: Gilmar, 32/2

A maior virada da história do Tricolor, em termos de gols em desvantagem. Escolhida no primeiro posto por ter sido a única vez que o São Paulo reverteu um placar nessa casa de gols (3). E mais do que reverter o placar ruim, o time ainda marcou mais um de lambuja, com mais de 30 minutos ainda para o fim do jogo – só para deixar claro que era melhor não ter provocado. 

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