Profissionalismo, comportamento e entrega serão os pilares do São Paulo dirigido por Ricardo Gomes, que começou o trabalho à frente do Tricolor na tarde desta terça-feira (16). O técnico deixou claro que a postura dos jogadores vai ser um dos nortes da equipe que monta a partir de hoje, e que com um time cheio de entrega espera fazer o clube conseguir muitas vitórias na temporada.
“Na reunião de hoje, citei alguns exemplos do que temos que fazer. Volto para o São Paulo pois sei que tem coisas boas que fiz na outra passagem, e é uma conduta São Paulo que vou exigir. Um comportamento de muito profissionalismo e entrega. Quem não entender estará fora. Não podemos estar em 12º lugar, e para melhorar isso não vou abrir mão dessa conduta”, afirmou o treinador, que volta ao time depois de seis anos.
“Agradeço pela oportunidade de voltar a esse clube, essa casa que aprendi a gostar antes mesmo de trabalhar aqui em 2009. Tive minha caminhada com o Leco de 2009 a 2010 e agora, depois de meu acidente, estou muito feliz e querendo fazer ainda mais do que da primeira vez”, completou o treinador.
Sob o comando dele, o São Paulo arrancou da 16ª para a terceira posição na tabela de classificação do Brasileirão de 2009 e chegou às semifinais da Libertadores de 2010. Apesar de ter esse ótimo histórico, Gomes lembra que não tem o mesmo tempo para trabalhar a reação são-paulina, mas confia na força e tradição do clube.
“Não posso chegar e mudar tudo. Chego no meio de um trabalho feito antes pelo Bauza e também pelo Jardine, então vou buscar as melhores informações para escolher como agir. Uma coisa é ver jogos, vídeos, outra é viver o dia a dia. Tenho que encontrar a minha ideia que possa levar a vitórias consecutivas e nos ajudar a subir na tabela”, completou.
Sobre a montagem da equipe, o treinador já antecipou que vai levar um tempo para pegar todas as informações que precisa para saber qual é o melhor São Paulo que pode colocar em campo. Para isso, vai contar com o conhecimento do auxiliar Pintado, que está no clube desde o início do ano, e também ouvir André Jardine, interino que comandou o Tricolor nos últimos dois jogos. Mas uma coisa é certa: vai seguir utilizando muitos garotos formados nas categorias de base.
“Tenho memórias lindas da utilização de garotos formados pelo clube na passagem anterior, realmente grandes recordações. O trabalho é bem feito em Cotia e nessa transição, e isso será valorizado. Temos bons jogadores vindos da base, foram bem aproveitados enquanto a Libertadores era priorizada e continuarão sendo agora E se o presidente quiser reforçar o time também não vou reclamar”, brincou o comandante.
E como o Tricolor deve jogar daqui pra frente? Ricardo Gomes diz que ainda é cedo para responder a essa pergunta, mas já avisou que o esquema tático não é a questão mais importante. “O esquema em si vale muito pouco, o que importa é a forma de jogar. E isso sim precisa ser mudado, rápido. Já comecei a conversar bastante com Pintado e Jardine e conseguimos diagnosticar algo, mas nada definido. Isso precisa ser introduzido aos poucos, mas é fato que precisa melhorar”, concluiu.