Em alta com o título do Torneio de Toulon-FRA pela Seleção
Brasileira Sub-21 e ciente de que poderá ter mais oportunidades no
segundo semestre, o atacante Ademilson retornará mais motivado ao
Tricolor após a disputa da Copa do Mundo de 2014. Com a saída do
colombiano Pabon, cujo contrato de empréstimo se encerrou, o camisa
19 tem tudo para conquistar ainda mais espaço com Muricy.
Durante o Campeonato Brasileiro de 2013, quando o São Paulo
conseguiu reunir forças para deixar as últimas colocações e subir
na tabela, o jovem centroavante revelado no Centro de Formação de
Atletas Laudo Natel, em Cotia, foi um dos atletas mais utilizados
pelo comandante, que apostou na entrada do jogador no sistema
ofensivo.
No entanto, no início deste ano com as chegadas de Pabon e
Alexandre Pato, Ademilson atuou com menos frequência e acabou como
suplente a maior parte do tempo. Ainda assim, sem acusar o golpe,
os números mostram a importância do camisa 19 para o treinador
são-paulino.
Em 2014, o atacante já balançou as redes cinco vezes em 20
partidas, além de outros três pela Seleção Sub-21. Em 2012, ano em
que subiu ao time profissional, o atleta marcou apenas quatro em 32
jogos e, na temporada seguinte, anotou seis em 43. Mais experiente,
apesar da pouca idade (20 anos), o centroavante aposta que a
sequência do ano será proveitosa.
Confira abaixo o bate-papo com Ademilson, autor de dois gols na
final do Torneio de Toulon, que consagrou a Seleção Brasileira
Sub-21 campeã após bater a anfitriã França, por 5 a 2.
-Qual a importância de ter ido tão bem na Seleção nessa
sua volta do São Paulo?
“Foi muito bom, porque fico muito realizado quando vou para a
Seleção e tenho o objetivo alcançado. E quando volto ao São Paulo,
estou sempre com mais confiança e maturidade. Então, tenho certeza
de que esse título será muito importante para dar continuidade na
minha carreira”.
-Com os gols marcados na Seleção Sub-21, já foram oito
na temporada. Qual avaliação você faz até aqui?
“Fiz cinco no São Paulo e três pela Seleção. Antes de começar o
Campeonato Paulista, ainda na pré-temporada, eu conversava com o
Fabrício (volante, hoje no Vasco) sobre uma meta de gols que eu
poderia alcançar no ano. Ainda tenho essa meta e vamos ver se
consigo realizar até o final da temporada, mas não vou revelar qual
é (risos)”.
– Agora, sem o Pabon, como você vê a briga por um lugar
na frente?
“Como eu sempre digo, a briga por uma vaga continua.
Independentemente de quem chega ou sai, tenho sempre que continuar
trabalhando e ficar preparado para poder ajudar o São Paulo. É meu
dever tentar ajudar, sempre, e por isso me dedico nos treinos para
ficar à disposição do Muricy”.
-É comum ver nos treinos o Muricy conversando com você e
te orientando. Quanto você aprendeu com ele nesse
período?
“Nós sempre aprendemos com todos os treinadores que passam pelo
clube. E com o Muricy não está sendo diferente, porque todos os
dias aprendo alguma coisa com ele. Sei que ainda tenho que evoluir,
mas acho que já aprimorei um pouco a finalização. Ele pega
sempre no meu pé sobre isso, no bom sentido, claro, mas diz que já
melhorei muito (risos)”.
-Apesar de jovem, você disputa posição com grandes
jogadores, como Luis Fabiano, Alexandre Pato, Osvaldo e Alan
Kardec. Se sente prestigiado por isso?
“Sim, claro que me sinto prestigiado. E não poderia ser
diferente, porque estamos falando de grandes jogadores. Eles têm
passagens pela Seleção e, assim, acabo aprendendo algo com eles no
dia a dia. Espero continuar jogando ao lado deles e, quem sabe,
ajudá-los também”.
O São Paulo fechou a primeira fase do Brasileiro no G4,
a apenas três pontos do líder. O que isso representa nesse período
de preparação?
Sem dúvida que brigar pela ponta da tabela é sempre melhor,
afinal, nada nos contenta além do título ou uma vaga na
Libertadores. Tivemos uma sequência de clássicos, só jogos difíceis
e fomos bem. Tenho certeza que vamos aproveitar esse período de
treinos e arrancar rumo a ponta da tabela na volta do Brasileiro.