Como forma de retribuir todo o empenho dos craques que honraram a camisa são-paulina, o Tricolor tem promovido uma série de homenagens aos ‘Grandes Ídolos’. E durante a vitória sobre o Cruzeiro (1 x 0) no último final de semana, no Morumbi, quatro ícones do clube tiveram os seus feitos recordados pelo São Paulo. No intervalo da partida, o ex-técnico Telê Santana, que completaria 84 anos de idade no domingo (26), foi homenageado.
O ex-volante Pintado, multicampeão com o Mestre na década de 90, recebeu a placa e representou o treinador. Além do comandante, Careca e Pintado foram homenageados. Dois outros grandes ídolos que também construíram a história do São Paulo, Chicão e Noronha, representados pelas esposas, receberam a honraria das mãos dos Sócios-Torcedores.
A ação, que já homenageou outros grandes nomes na história do Tricolor, se estenderá também em outros jogos do Campeonato Brasileiro. Um grupo de jogadores ou familiares serão chamados para receberem as honrarias. No caso do Mestre, o São Paulo preparou uma camisa comemorativa para homenagear o comandante.
Telê teve duas passagens pelo Tricolor (1973 e 1990-1996), e é o técnico mais vencedor da história são-paulina. Ao todo foram dez títulos oficiais conquistados, incluindo os bicampeonatos da Taça Libertadores da América e do Mundial Interclubes, que elevaram o nome do São Paulo a um patamar nunca antes atingido. Eterno ídolo da torcida, que até hoje canta seu nome nos jogos do time, sua marca registrada era a disciplina imposta a seus comandados. Tudo em prol da perfeição técnica, alcançada mediante treinamento constante e rigidez de conduta.
Já Noronha foi um dos craques que tiveram participação importante para que a balança no futebol paulista inclinasse do lado do São Paulo nos anos 40. Formou com Bauer e Rui uma linha média inesquecível, uma das mais famosas do futebol brasileiro em todos os tempos. Além da técnica refinada e da voz de comando, deu também seu toque especial nos cinco títulos da década de 40 com inesquecíveis gols de cabeça. Foi campeão sul-americano em 49 e vice mundial em 50 pela Seleção Brasileira.
Chicão, por sua vez, era um jogador supervalente, que não tinha medo de cara feia e apavorava os que tinham. Comandava o time. Era tão forte e determinado que um problema crônico no nervo ciático mal o atrapalhava. Na Copa do Mundo de 1978, o técnico Cláudio Coutinho escalou um meio de campo sem Chicão em jogos light e com Chicão nos outros.
Por fim, Careca, que foi importantíssimo nas conquistas dos títulos paulistas de 85 e 87 e do brasileiro de 86. Neste último, aliás, marcou um gol inesquecível na final contra o Guarani, empatando o jogo no último segundo da prorrogação. Tornou-se conhecido justamente no clube campineiro, em 78, pelo título de campeão brasileiro e uma atuação de destaque na final, frente ao Palmeiras. Quando foi contratado pelo São Paulo estava em baixa, passando por um período tão ruim que para muitos não tinha retorno.
Mas, estrutura, a camisa e o glamour do Tricolor se encarregaram de recuperar este grande craque, que jogou na Seleção Brasileira nas Copas de 86 e 90. Foi também campeão italiano pelo Napoli, formando dupla com o argentino Diego Maradona. No final da carreira atuou, também com destaque, no Japão.