América tricolor!

América tricolor!

Calendário 2/12/2014 - 15:39

Clube brasileiro mais presente e vencedor na história da
Libertadores da América – que definirá os grupos da próxima edição
na noite desta terça-feira (2), em Luque, no Paraguai – o Tricolor
disputará em 2015 a competição pela 17ª vez. Tricampeão, em 1992,
1993 e 2005, o torcedor são-paulino conhece bem o maior torneio de
futebol do continente.

Toda essa trajetória começou em 1972, quando o clube avançou até
as semifinais. Em 1974, apenas na segunda participação do clube no
campeonato, e equipe são-paulina foi longe e chegou à decisão. Na
ocasião, o São Paulo venceu a partida de ida por 2 a 1, em casa,
mas a derrota na volta por 2 a 0 para o Independiente, na
Argentina. No desempate, em Santiago, os argentinos levaram e
ficaram com o título ao vencerem por 1 a 0.

Então, 20 anos depois de estrear na competição internacional, o
Tricolor pôde festejar a primeira conquista. Em 17 de junho de
1992, o Estádio Cícero Pompeu de Toledo presenciou a maior explosão
de alegria da história do local. Mais de 115 mil pessoas assistiram
ao épico festejo da conquista da Taça Libertadores da América de
1992. Milhares das quais, inclusive, proporcionaram a lendária
invasão (ordeira e civilizada – bom ressaltar) que se viu por esse
gramado.

O sonho, que se iniciou ano antes com o tricampeonato nacional,
quase se tornou pesadelo com a inusitada derrota por 3 a 0 para o
Criciúma, na primeira rodada. No entanto, daí em diante, os
adversários foram caindo um a um. San José, Bolívar, Criciúma,
Nacional de Montevidéu, Criciúma novamente, depois do Barcelona de
Guayaquil, a grande final contra o time argentino comandado por ‘El
Loco’ Bielsa, o Newell’s Old Boys.

Após conquistar a América e o mundo pela primeira vez, em 1992,
o São Paulo repetiu a dose no ano seguinte e de modo ainda mais
convincente. Atual campeão, o clube entrou na segunda fase da
competição, já no “mata-mata”. O mais curioso, entretanto, é que o
primeiro adversário que enfrentou foi justamente o último combatido
no ano anterior: o Newell’s Old Boys, equipe argentina, que vinha
sedenta pela chance de desforra.

E os argentinos começaram bem. Motivados, venceram a primeira
partida, em Rosário, por 2 a 0. Não foi o suficiente. No Morumbi,
mesmo com Raí enfaixado, com o pulso quebrado, os Tricolores
massacraram os argentinos por 4 a 0. Nas quartas de final e
semifinais, o São Paulo eliminou o Flamengo e o Cerro Porteño, de
Gamarra, Arce e do técnico Carpegiani. A final foi contra a
Universidad Católica, do Chile, que havia eliminado a equipe base
da famosa Seleção Colombiana do início da década de 90, o América
de Cali.

No primeiro jogo, em casa, o Tricolor proporcionou a maior
goleada da história das finais da Libertadores até hoje. 5 a 1.
Especial menção a Zetti, que realizou uma série memorável de quatro
defesas seguidas. Após o jogo, ao técnico chileno só restou
aplaudir: “O São Paulo é um time de mestres, uma equipe iluminada”,
afirmou. Posto isto, o resultado da partida de volta, no Chile
(Católica 2 x 0), realizada em 26 de maio de 1993, não importou
muito, e os tricolores puderam comemorar a América aos seus pés
pela segunda, e não última, vez…

Em 2005, de novo o continente americano se rendeu ao clube
paulista. A campanha vitoriosa da equipe começou na Bolívia, no
empate em 3 a 3 com o The Strongest. Ainda na fase de grupos, o São
Paulo acumulou mais dois empates (Quilmes-ARG e Universidade do
Chile-CHI), além de três vitórias (The Strongest-BOL, Quilmes-ARG e
Universidade do Chile-CHI).

Na fase seguinte, as oitavas de final, um clássico paulista fez
parte da trajetória do Tricolor na Libertadores daquele ano. O
lateral-direito Cicinho foi o grande destaque ao marcar dois gols
nas duas vitórias sobre o Palmeiras (1 x 0 e 2 x 0).

Já nas quartas de final, o São Paulo mediu forças contra o
Tigres-MEX. No duelo de ida, o goleiro Rogério Ceni fez dois gols
na goleada por 4 a 0. Na volta, nem mesmo a derrota por 2 a 1
evitou que o São Paulo avançasse para as semifinais do torneio e
mantivesse o sonho do tri vivo.

O adversário foi o tradicional River Plate-ARG, veio ao Morumbi
disposto a estragar a festa torcida são-paulina. No entanto, a
força argentina não foi o suficiente para segurar o grande time
tricolor. Com gols de Danilo e Rogério Ceni, os brasileiros
venceram por 2 a 0. E na casa do rival, nova vitória do São Paulo,
desta vez por 3 a 2, com gols de Danilo, Fabão e Amoroso.

Enfim, em um novo confronto brasileiro, o clube conseguiu chegar
ao posto de finalista da Libertadores. De um lado, o bicampeão São
Paulo. Do outro, o estreante Atlético-PR, que se esforçou (1 x 1 e
4 x 0), mas não conseguiu impedir que os torcedores tricolores
pudessem festejar mais um capítulo vitorioso em sua história.

E que em 2015, na 17ª participação do clube no torneio, a
história possa se repetir pela quarta vez…

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