“Todos se dedicaram e cumpriram o que foi feito no treinamento.
Sabíamos da dificuldade que teríamos com o Red Bull, que venceu o
Palmeiras e empatou com o Corinthians. A vitória é da torcida,
diretoria, jogadores e comissão. Todos têm importância”. Assim
Milton Cruz, durante a coletiva de imprensa após a classificação
para a semifinal do Campeonato Paulista de 2015, no Morumbi,
avaliou a vitória do Tricolor por 3 a 0 neste sábado (11).
No comando do time são-paulino após a saída de Muricy Ramalho, o
ex-atacante fez questão de dividir os méritos do triunfo nas
quartas de final com o ex-comandante do Tricolor. “Tudo isso que a
gente tem feito, era uma coisa que conversava com o Muricy. É legal
ter a participação dele, do Tata, pessoas que sempre foram meus
amigos e trabalhavam comigo. A torcida sabe do carinho que tenho
pelo Muricy, ele que me trouxe para o São Paulo”, afirmou Milton,
que acrescentou.
“Sou muito grato, estou aqui por ele. Lógico que meu trabalho me
garante aqui, mas ele me trouxe. Conversei com o Telê Santana na
época e deu o aval. Vibro com a torcida gritando o nome dele, e
gosto de ouvir o meu também. Fico contente que a torcida reconhece
tudo o que ele fez pelo clube, e não foi pouco”, completou o membro
da comissão técnica, que apostou na estreia de Wesley para montar o
time e lutar pela permanência do clube na competição.
“Eu conhecia o Wesley desde a época do Santos. Foi para o
Atlético-PR e ali queríamos trazer, mas não sabíamos que era um
empréstimo. Depois voltou ao Santos. Quando estava na Alemanha
também tentamos, e agora conseguimos. Sabíamos da condição dele e
nos treinos demonstrou. Não tive dúvida quando houve a chance de
usá-lo”, avaliou.
Para atuar neste final de semana, a principal novidade do São
Paulo foi a estreia do volante Wesley, que começou a partida como
titular. Milton Cruz confirmou o time que treinou na última sexta
(10) e, assim, posicionou Souza e Denilson como volantes, e apostou
no trio de meias formado por Wesley, Ganso e Michel Bastos, com
Alexandre Pato centralizado à frente. Dessa forma, a equipe atuou
com Rogério Ceni; Hudson, Rafael Toloi, Lucão e Reinaldo; Denilson,
Souza, Wesley, Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos; Alexandre
Pato.
Ganso jogou mais próximo de Alexandre Pato na frente, enquanto
Michel Bastos abriu bem pela direita e Wesley ficou mais recuado.
Entretanto, os três alternaram o posicionamento com frequência para
confundir a marcação do Red Bull. Em algumas oportunidades, para
tentar mudar o panorama do jogo, Michel Bastos ficou aberto no lado
esquerdo, com Wesley mais pela direita, e assim a equipe
são-paulina conseguiu mostrar que poderá utilizar mais vezes esta
formação.
“Com o Muricy, tinha falado dessa ideia de usar o Ganso mais à
frente, porque tem muita técnica e é habilidoso. Ele não pode
correr para marcar. Por isso usamos Wesley, Denilson, Souza e
Michel Bastos para dar liberdade ao Ganso e ao Pato”, opinou Milton
Cruz, que por fim enalteceu a parceria vitoriosa com o goleiro e
capitão do Tricolor, Rogério Ceni.
“O Rogério é meu amigo há 20 anos. Pensamos igual. Ele tem um
carinho grande por mim, e vice-versa. Somos amigos fora de campo
também. Ele ficou contente por ter feito esses dois jogos com
vitórias. Como também tem muita gente torcendo por mim”, finalizou
o membro da comissão técnica.