A história que se conta é que a torcida são-paulina ia ao Pacaembu, nos anos 40, ver o Tricolor em campo não se perguntando se o time sairia vitorioso ou não, mas sim de quanto venceria, ou se seria de goleada. Esse período ficou conhecido como a era do Rolo Compressor, que conquistou cinco títulos estaduais (a competição máxima da época) em sete anos: 1943, 1945, 1946, 1948 e 1949.
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Há exatamente 66 anos, o Tricolor venceu o último Campeonato Paulista dessa fase, ao derrotar o Santos (quando precisava somente do empate para já comemorar), por 3 a 1, com gols de Teixeirinha e Friaça (2) e definitivamente levou para o Canindé – então sede do São Paulo – a Taça Federação Paulista de Futebol (troféu instituído em 1942, que era de posse transitória até que um clube o conquistasse três vezes consecutivas ou cinco alternadas).
O título coroou a equipe são-paulina, que estabeleceu o melhor ataque e a melhor defesa do certame, com 70 gols marcados e 23 sofridos, em 22 partidas disputadas, possuindo ainda o artilheiro do torneio: Friaça, com 24 tentos. O time sofreu somente duas derrotas: para o Santos, no primeiro turno, e para o XV de Piracicaba, o “campeão do interior”, lá na terra do “Nhô Quim”.
Esse triunfo tricolor foi o último com a presença do eterno Diamante Negro (e também foi a última temporada em que marcou um gol de bicicleta pelo clube: no 7 a 2, contra o Comercial paulistano). Leônidas da Silva, no clube a partir de 1942, foi o maior responsável pela revolução que o São Paulo passou, transformando em uma das maiores potências do país. Outros ídolos presentes nas cinco conquistas daquela década foram Teixeirinha, Noronha e Remo.
Campeão com uma rodada de antecipação, em 1949, o Tricolor ainda festejou o título no empate em 3 a 3 contra o Corinthians, no Pacaembu, no encerramento do torneio.
O JOGO DO TÍTULO
SÃO PAULO Futebol Clube 3 x 1 SANTOS Futebol Clube
20.11.1949 São Paulo (SP) Estádio Municipal de São Paulo
(Pacaembu)
SPFC: Mário; Savério e Mauro; Ruy, Bauer e
Noronha; Friaça, Ponce de León, Leônidas, Remo e Teixeirinha.
Técnico: Vicente Feola.
Gols: Teixeirinha, 24’/1; Friaça, 31’/1; Friaça (pênalti),
18’/2.
SFC: Chiquinho; Charre e Dinho; Nenê, Pascoal e
Alfredo; Alemãozinho, Antoninho, Juvenal, Odair e Pinhegas.
Técnico: Oswaldo Brandão.
Gol: Alemãozinho, 43’/2.
Árbitro: Godfrey Sunderland (Inglaterra)
Renda: Cr$ 345.941,00
Público: 23.399 pagantes