A América é Tricolor! São Paulo é Campeão!

A América é Tricolor! São Paulo é Campeão!

Calendário 17/06/2017 - 23:43
Divulgação
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
Divulgação
Revista da Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
Divulgação
Abril Imagens
Divulgação
Gazeta Press
Divulgação
Gazeta Press
Divulgação
Gazeta Press
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Gazeta Press
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Rede OM
Divulgação
Rede OM
Divulgação
El Gráfico
Divulgação
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Rubens Chiri / saopaulofc.net
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol
Divulgação
Conmebol

Foram muito mais do que 180 minutos de decisão, muito mais do que duas partidas finais eletrizantes, muito mais do que uma angustiante disputa de pênaltis. Foi a vida de cada jogador, a vida de todo torcedor, a própria existência do São Paulo Futebol Clube, em si, reflexo de tudo o que suou e batalhou em 62 anos de história, que criou uma singularidade no tempo e que fez parecer uma eternidade aquele único instante em que o goleiro com o manto das três cores tão apaixonantes saltou e defendeu o último chute rival, selando o destino. Agora, de fato, por toda a eternidade, o São Paulo é Campeão da América.

 

A decisão! 

O técnico Telê Santana levou ao campo a escalação titular do Tricolor, com Ivan compondo a linha defensiva, com Antônio Carlos, Ronaldão e Cafu mais aberto e livre pela ponta, como sempre. Adilson compôs a média-volância com Pintado, deixando Raí solto para a armação do time. No ataque, o trio Palhinha, Müller e Elivélton, ágeis e em constante troca de posições. E claro, no gol, a experiência de Zetti.

BAIXE O E-BOOK DA CAMPANHA DO TRICOLOR NA CONQUISTA DA LIBERTADORES

O time argentino, comandado por Marcelo Bielsa, veio ao Morumbi com quase mesma escalação da partida do jogo de ida, no Gigante del Arroyito, a única alteração foi o centro Llop, no lugar de Raggio. Para os estrangeiros, bastava o empate para que tirassem o troféu da Copa Libertadores do solo nacional. 

O primeiro tempo

Sabendo disso, os tricolores partiram para o ataque desde o primeiro minuto de jogo, sem exagero. Cafu fez boa jogada pela direita e cruzou com perigo, que foi afastado pelo zagueiro Pocchetino para escanteio. Quatro minutos depois, novamente o camisa 2 avançou à linha de fundo, driblou dois e sofreu falta. Pouco após, outra pancada em Cafu, que resultou em cartão amarelo para Berti.

Endiabrado, o lateral-direito do Tricolor cobrou a falta direto para o gol e quase enganou o goleiro Scoponi, que com um tapa evitou o primeiro gol do jogo. Mais quatro minutos adiante e uma linda tabelinha no meio de campo do São Paulo termina com Palhinha batendo prensado para o gol e com a bola subindo um pouco acima do travessão portenho.

Aos 16 minutos, nova cobrança de falta na qual Pintado rolou para Ivan chutar rasteiro: a bola desviou na barreira e saiu em escanteio. Desse lance, após rebatida da zaga, a pelota sobrou para Cafu arrematar de fora da área. O tiro do são-paulino passou tirando tinta da trave.

O primeiro susto dos são-paulinos veio aos 22 minutos de jogo. Confusão na zaga e a bola sobrou para Zamora bater para o gol e acertar a trave de Zetti. Não era possível esmorecer um mísero minuto. Na jogada seguinte, o Tricolor quase abriu o placar com Müller, que tentou duas vezes, mas caiu dentro da pequena área, reclamando pênalti.

Mais uma bela jogada dos tricolores veio com Palhinha, que passou de calcanhar a Müller e este tocou para Raí chutar com perigo, mas por cima do gol, aos 25 minutos. Já aos 29, a melhor chance do São Paulo na partida, até então: Adilson tabelou com Palhinha e este chutou forte e acertou o travessão! No rebote, Raí também quase balançou as redes.

O time seguiu pressionando. Aos 37 minutos, em duas oportunidades, novamente ficou no quase! Ivan cruzou, Raí cabeceou e Müller chutou para gol, meio desequilibrado, com Gamboa salvando os argentinos quase em cima da linha. Na sequência, Palhinha cobrou escanteio, o camisa 10 desviou e Ronaldão, de puxeta, por pouco marcou um golaço!

Apesar do volume massivo do ataque são-paulino, não teve jeito e o primeiro tempo acabou como começou: 0 a 0.

O segundo tempo

Com Domizzi no lugar de Martino, o Newell’s inesperadamente passou ao ataque. Aos 4 minutos, Lunari chutou de fora da área e Zetti defendeu facilmente. Aos 10 minutos, vacilo do setor defensivo do Tricolor e Zamora bateu rasteiro no canto esquerdo do arqueiro são-paulino, que praticou excelente defesa. E não parou aí. Um minuto depois, Domizzi avançou sozinho, espetacularmente lançando para si mesmo graças a um corta luz de Mendoza, driblou Zetti e tocou manso para às redes. Sorte que Adilson salvou em cima da linha!

Mas ok. Pronto. Não era possível dar mais espaço aos argentinos. O São Paulo tinha que dominar o jogo. Estava atrás no placar dos 180 minutos e era preciso controlar a partida. A torcida, em coro, pedia que Macedo entrasse no jogo e Telê, de pronto, atendeu ao pedido: o atacante substituiu Müller.

Bastou um minuto e um toque na bola para que Macedo – predestinado – decretasse a sorte do São Paulo na partida: pênalti em cima dele!  

21 minutos. Gol do São Paulo! Gol de Raí, de pênalti, deslocando o goleiro!

O Morumbi, repleto com mais de 105 mil pagantes (por volta de 120 mil presentes), ferveu. Faltava pouco. Faltava somente mais um gol para que o Tricolor conquistasse a América. Contudo, o time argentino soube se portar e segurar o ímpeto são-paulino. O jogo esfriou. Praticamente não houve mais jogadas de perigo para ambos os times, salvo pela linda jogada de Elivelton, pela meia-esquerda, que terminou com a bola balançando as redes pelo lado de fora, aos 37 minutos.

Não é loteria

A sombra das penalidades já pairava sobre todos.

Pênaltis, os quais, levaram os torcedores argentinos ao limiar da sanidade depois de vencerem o América de Cali, na semifinal, por 11 a 10 nessa modalidade. O que, de certa maneira, foi uma vantagem para os tricolores, pois. Valdir Joaquim de Moraes, preparador de goleiros e assistente de Telê Santana, observou e anotou o modo de bater de cada um dos atletas do Newell’s.

Bastou a Müller, que havia sido substituído, cantar antecipadamente, e de trás da meta, a Zetti as prováveis execuções. A série começou com os argentinos batendo.

Berizzo perdeu. Raí marcou novamente. Zamora venceu Zetti, mas Ivan também guardou. Llop empatou, e o placar permaneceu assim, pois Ronaldão errou. Então Mendoza retribuiu o favor e bateu por cima. Cafu pôs o São Paulo na frente, 3×2.

A última cobrança foi de Gamboa. E Zetti foi magistral. Saltou para a esquerda e, de mão trocada, espalmou a bola para fora. Tudo decidido! O São Paulo é Campeão da Copa Libertadores da América!

 

17.06.1992 – São Paulo (Brasil)

Estádio Cícero Pompeu de Toledo, Morumbi
SÃO PAULO Futebol Clube 1 x 0 Club Atlético NEWELL’S OLD BOYS
Nos pênaltis: 3 x 2 para o São Paulo

SPFC: Zetti, Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan; Adílson, Pintado e Raí (capitão); Müller (Macedo), Palhinha e Elivélton.
Técnico: Telê Santana.
Gol: Raí (pênalti), 21’/2

CANOB: Scoponi, Saldaña, Gamboa (capitão), Pocchettino e Berizzo; Llop, Berti e Martino (Domizzi); Zamora, Lunari e Mendoza.
Técnico: Marcelo Bielsa.

Árbitro: José Joaquín Torres Cadenas (Colômbia)
Assistente 1: Jorge Zuluaga (Colômbia)
Assistente 2: John Redón (Colômbia)
Renda: Cr$ 1.072.490.000,00
Público: 105.185 pagantes

Pênaltis:

penaltis

Compartilhe esse conteúdo

Deixe seu comentário