Calendário 25/02/2009 - 00:00

Há exatos 22 anos o São Paulo se consagrava como a melhor equipe do país pela segunda vez. O título de 1986, que curiosamente só foi decidido em 1987, consagrou a geração dos “Menudos”, que no ano anterior havia conquistado o Paulistão. A decisão tem mais uma curiosidade: aconteceu no dia do aniversário do técnico daquele grupo, Pepe.


O atual superintendente de futebol a equipe, Marco Aurélio Cunha, que na época atuava como médico do Tricolor, falou sobre as lembranças que tem de toda a campanha vitoriosa do clube do Morumbi, que de acordo com ele foi um espelho para o recente sucesso do São Paulo em torneios nacionais.


“Esse título, pra mim, foi o mais marcante porque foi um Brasileiro, que era difícil de ser conseguido. O São Paulo tinha um coisa que ninguém tinha: Careca, tanto é que ele terminou o campeonato com 25 gols. Esse título também levou o São Paulo de volta à Libertadores, competição que não disputávamos há um bom tempo, recolocando a equipe no cenário internacional”, afirmou.


No banco de reservas do Tricolor Marco Aurélio se tornou um torcedor entre os tantos que sofreram com a partida emocionante, empatada no tempo normal, na prorrogação e decidida nos penais. O superintendente se lembra com exatidão de todos os momentos do confronto, que de acordo com ele foi vencido pela melhor equipe do São Paulo que ele já viu jogar.


“Fizemos um gol aos 14 minutos da prorrogação que levou o São Paulo aos pênaltis, foi um jogo eletrizante. Todos os gols foram bonitos, marcantes, então realmente foi uma final e tanto. Era um elenco fortíssimo, esse título foi o ponto alto de um trabalho que havia começado há dois anos, e talvez esse tenha sido o time mais forte do São Paulo que eu vi, pela velocidade e técnica dos atletas. Foi um time inesquecível”, finalizou.






Data: 25 de fevereiro de 1987


Local: Brinco de Ouro da Princesa


Público: 37.370 pagantes


São Paulo: Gilmar, Fonseca, Wagner, Basílio, Dario Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas (Manu) e Pita; Muller, Careca e Sidney (Rômulo).


Técnico: Pepe


Guarani: Sergio Néri, Marco Antonio, Valdir Carioca, Ricardo Rocha e Zé Mario; Tosin, Tite, (Vágner) e Marco Antonio Boiadeiro; Catatau (Chiquinho Carioca), Evair e João Paulo.


Técnico: Carlos Gainete.


 


Gols


Tempo regulamentar: Nelsinho (contra) e Bernardo.


Prorrogação: Pita, Boiadeiro, João Paulo e Careca.


Pênaltis: Dario Pereyra, Fonseca, Rômulo e Wagner Basílio converteram para o São Paulo (Careca errou). Tosin, Valdir Carioca e Evair acertaram para o Guarani (Boiadeiro e João Paulo erraram)


Artilheiros: O artilheiro do São Paulo e do campeonato foi Careca, com 25 gols, seguido por Muller (11), Silas (9), Pita (5), Zé Teodoro e Bernardo (3 cada), Sidney (2), Nelsinho, Dario Perreyra, Éder Taino e Pianelli (1 cada).

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