Acerca das matérias “FIFA exige mudanças no projeto do Morumbi” e “Abertura fora de medida” publicadas nas edições de 1º de junho e 2 de junho de 2009 do Jornal “O Globo”, o São Paulo Futebol Clube vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
As reportagens assinadas pelo Jornalista Jorge Luiz Rodrigues representam uma série de lamentáveis equívocos. As supostas críticas ao Projeto estariam baseadas em dados, informações técnicas e números absolutamente diferentes daqueles que constam no real conteúdo do Projeto de Reforma do Estádio do Morumbi que Comitê Paulista para a Copa do Mundo de 2014, formado por entes do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, enviou à FIFA em 15 de janeiro de 2009. Senão vejamos
É de se estranhar, neste momento, a divulgação de tantos dados imprecisos sobre o Projeto do Morumbi, que não encontram respaldo em qualquer informação que tenha sido enviada pela Candidatura Paulista à FIFA. Importante mencionar, nesse ponto, que, até o presente momento, não foi realizada qualquer visita técnica da FIFA ao Estádio do Morumbi, seja para verificação das condições atuais, seja para avaliação in loco das adequações de que o Estádio necessita para realização da Copa do Mundo de 2014.
Vale mencionar que, antes da publicação das reportagens em referência, o Jornalista Jorge Luiz Rodrigues não tomou a precaução de confirmar, junto ao São Paulo Futebol Clube ou outro representante da Candidatura Paulista, os dados e informações que supostamente recebera e mencionou nas suas matérias.
No momento em que a imprensa divulga a exaustão desenhos fantásticos, esboços de alta complexidade e maquetes futuristas dos projetos dos estádios que pretendem receber a Copa de 2014, a Candidatura Paulista oferece ao Brasil a alternativa de um projeto concreto,que visa adaptar a estrutura já existente de um Estádio já em pleno funcionamento, que recebe os maiores eventos esportivos realizados no País e gera receitas, a partir de um plano de reformas que também é concreto e absolutamente viável.
O que não se pode admitir é que dados inverídicos contaminem o debate, com vistas a atender interesses subalternos de grupos interessados na realização de bons negócios relacionados à construção de novas arenas por oportunidade da realização da Copa do Mundo.
Até porque, para bem avaliar os recursos necessários para a construção de uma nova arena, é fundamental considerar os gastos necessários para prover a estrutura que deve estar no seu entorno. O Estádio do Morumbi conta, num raio de 10 km, com ao menos 5 (cinco) hospitais de primeira classe, com destaque para o Albert Einstein e o São Luiz, toda a rede hoteleira da região da Av. Berrini e dos Jardins, inúmeros cinemas, teatros, centros de compras e serviços dos mais diversos. Em 2012, o Metrô chegará à distância de 1.180 m. do Estádio do Morumbi, com a construção da Linha 4 – Amarela.
Construir outra arena em São Paulo significaria altíssimo gasto, inclusive de recursos públicos, voltados à mudança de zoneamento, construção da rede hoteleira, hospitais, transportes e todo o mais. Mais do que a tarefa de encontrar em São Paulo uma área apta a receber a nova arena, seriam necessários bilhões de reais em investimentos para dotar o seu entorno com tudo aquilo que ao redor do Estádio do Morumbi já se verifica em abundância.
O São Paulo Futebol Clube jamais desconheceu ou se furtou à sua responsabilidade pela realização de todas as reformas e adaptações quantas forem necessárias para adequação do Estádio do Morumbi ao que for exigido pela FIFA. Inclusive, para fazer modificações no Projeto caso sejam recomendadas a partir das inspeções que serão realizadas daqui para frente. As reformas do Estádio do Morumbi já estão em curso e o Cronograma de Obras constante nos cadernos enviados à FIFA (fls. 231) prevê sua conclusão para 31 de dezembro de 2012, data que a FIFA exige estejam todos os estádios absolutamente prontos. ´
Todavia, em atenção aos princípios da seriedade e da responsabilidade que norteiam a Candidatura Paulista desde a sua postulação, é de rigor que as condutas sejam medidas com cautela e com a seriedade que o momento requer, o que, infelizmente, não é o que se depreende da reportagem do Jornalista Jorge Luiz Rodrigues.
RUY OHTAKE
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