Armelino Donizetti Quagliatto, nosso Zetti, completa hoje 49 anos de idade e o Site Oficial não poderia deixar de prestar homenagem ao grande goleiro do Tricolor e da Seleção Brasileira do início dos anos 90.
Zetti veio do rival Palmeiras, onde havia conquistado significativa autoridade como goleiro, mas que se recuperava de uma grave contusão, e chegou ao São Paulo em 1990, herdando em pouco tempo a camisa 1 de Gilmar, que a defendera por meia década antes dele e fora excepcionalmente vitorioso. Com essa dupla responsabilidade (identificação com o novo clube e a necessidade de conquistas), Zetti teria grandes desafios pela frente.
Desafios que foram caindo um a um, jogo após jogo, e título após título. Zetti, ao lado de Raí, Telê e companhia, se eternizou na história do São Paulo Futebol Clube com o esquadrão que dominou o cenário brasileiro entre 1991 e 1994. Foram dois títulos mundiais, outros dois continentais, um nacional e, de lambuja, mais dois estaduais, sem contar os tantos outros torneios internacionais em que levantou a taça, naquele período.
As atuações de Zetti debaixo das traves eram memoráveis. Não a toa foi escolhido o quinto melhor goleiro do mundo em 1993. Não há são-paulino que não se lembre da “muralha são-paulina” na decisão da Libertadores da América em 1992, na angustiante mas consagradora disputa de pênaltis em que defendeu a última penalidade da partida, de Gamboa, caindo ao canto esquerdo e expulsando a bola do gol do Tricolor.
Impossível não recordar também as espetaculares intervenções contra o Universidad Católica quando, no Morumbi lotado pela final de outra Libertadores, agora de 1993, os adversários atacaram a meta defendida pelo goleiro por quatro vezes seguidas e por quatro vezes bateram-se contra as defesas do ídolo. Era magnífico.
O desempenho do arqueiro o levou à Seleção e, em 1994, Zetti foi campeão do mundo também com a camisa canarinho, tendo feito parte do elenco vitorioso. O camisa 1 permaneceu mais dois anos no São Paulo, até o final de 1996, quando resolveu deixar o clube e passar o sagrado manto que tão bem ostentou a aquele que do mesmo modo vestiu de maneira tão honrada: Rogério Ceni.
Zetti ainda voltaria, mais tarde, em 2001, ao São Paulo, desta vez para comandar a equipe de juniores do Tricolor, onde permaneceu até 2002. Em 2010, Zetti decidiu centrar as atenções em eventos, palestras e comentários de jogos por rádio e TV.
Zetti
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Mundial de 1992 e 1993; Campeão da Copa Libertadores da América de 1992 e 1993; Campeão da Supercopa da Copa Libertadores de 1993; Campeão da Recopa Sulamericana de 1993 e 1994; Campeão da Copa Master Conmebol de 1996; Campeão Brasileiro de 1991; Campeão Paulista de 1991 e 1992.