Em uma sexta-feira, 7 de setembro de 1990, em pleno feriado de comemoração à proclamação da independência do Brasil, um garoto nascido e criado no interior tentava a sorte na maior cidade do país. Dias antes ele se perdeu na capital, em meio ao trânsito e a confusão metropolitana, não chegando a tempo de testar sua sorte. Todavia, naquele dia 7 especial, isso não ocorreria novamente.
Há vinte e quatro anos Rogério Ceni foi aprovado em uma “peneira” do São Paulo Futebol Clube. Desde então, o arqueiro são-paulino revolucionou a posição que defendia jogando com maestria debaixo das traves, erguendo troféus conquista após conquista e marcando gols como nenhum outro goleiro antes dele. É como se honrasse o fatídico dia em que assumiu esse posto: desprendendo-se das amarras da pequena área.
Seu nome tornou-se uma legenda, virou sinônimo de mito e, tal qual a passagem de um cometa, marcou a vida de todos aqueles que o presenciaram em campo. 1161 jogos, 119 gols, 918 vezes capitão, milhões de fãs.
Foi campeão Paulista, brasileiro, da América e do mundo. Conquistou praticamente todos os recordes terrenos possíveis a um goleiro. Talvez, por isso, os desígnios do destino tenham resolvido lhe prestar mais uma homenagem, agora celeste.
O SINAL
A NASA (Agência Espacial Norte-Americana ), há poucos dias, identificou um asteroide nas proximidades da Terra. Ele passará a uma distância segura do planeta, mas suficientemente perto para que a presença dele seja digna de nota. O ponto culminante dessa aproximação se dará as 15h18 – minutos antes da partida contra o Sport, pelo Campeonato Brasileiro -, no do dia 7 de setembro de 2014.
O corpo celeste foi batizado de 2014 RC.
Uma feliz coincidência. Um símbolo. A lenda diz que todo desejo pedido sob uma estrela cadente é realizado. Uma vitória, um título, a consagração de um ídolo… Que os desejos dos torcedores são-paulinos sejam atendidos nesse dia tão marcante para a história do São Paulo Futebol Clube e para um de seus maiores expoentes.