“Honrado”, Zetti é homenageado pelo São Paulo

“Honrado”, Zetti é homenageado pelo São Paulo

Calendário 22/05/2015 - 18:50
Divulgação
Igor Amorim / saopaulofc.net
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No mês passado, o São Paulo iniciou uma série de homenagens aos ex-atletas tricolores que foram campeões mundiais pela Seleção Brasileira. Após celebrar a participação do volante Dino Sani, que esteve na conquista histórica de 1958, na Suécia, o Tricolor recebeu o ex-goleiro Zetti nesta sexta-feira (22) para festejar a campanha vitoriosa da equipe canarinha na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.

Em um almoço com o Presidente Carlos Miguel C. Aidar, que também contou com a presença de José Augusto Bastos Neto, Presidente do Conselho Consultivo, o arqueiro recebeu uma placa e uma camisa, em agradecimento e reconhecimento aos serviços prestados. “Vivi momentos marcantes no São Paulo, que renderam muitas coisas na minha vida, como a convocação para a Copa de 1994. Tenho um carinho muito grande pelo clube por tudo aquilo que a minha passagem vitoriosa me proporcionou”, afirmou Zetti, que completou.

“Meu pai, que era são-paulino e faleceu em 1998, pôde festejar os títulos que conquistei no São Paulo e a Copa do Mundo de 1994. E a nossa vida é feita de histórias e momentos como estes. Foi uma grande oportunidade poder jogar aqui e, por isso, brinco que tive sorte de nascer na época certa, porque encontrei uma geração inesquecível no time. Fico emocionado e honrado com esta homenagem, porque devo toda esta felicidade ao São Paulo”, revelou.

Armelino Donizetti Quagliatto, o nosso Zetti, chegou ao São Paulo vindo do rival Palmeiras, onde havia conquistado significativa autoridade como goleiro, até uma contusão quebrar o ritmo de sua carreira. No Tricolor desde 1990, Zetti teve que se reerguer quase do zero, mas em pouco tempo herdou a camisa 1 de Gilmar, que a defendera por meia década antes dele e saíra-se vitorioso. Com essa dupla responsabilidade (identificação com o novo clube e a necessidade de manter o nível de conquistas), Zetti teve grandes desafios pela frente. Desafios que foram caindo um a um, jogo após jogo e título após título.

“O Zetti tem história para contar. E temos orgulho de fazer parte disso. Ele teve uma passagem longa e produtiva no São Paulo. Por isso valorizo muito esta iniciativa, porque as pessoas devem ser homenageadas em vida. É mais bonito. Então, encontramos uma forma de agradecer por tudo aquilo que grandes jogadores, como o Zetti, fizeram pelo clube”, disse o Presidente Carlos Miguel C. Aidar.

Zetti, ao lado de Raí, Telê e companhia, se eternizou na história do São Paulo Futebol Clube com o esquadrão que dominou o cenário brasileiro entre 1991 e 1994. As atuações de Zetti debaixo das traves eram memoráveis. Não à toa foi escolhido o quinto melhor goleiro do mundo em 1993. Não há são-paulino que não se lembre da “muralha são-paulina” na decisão da Libertadores da América em 1992, na angustiante mas consagradora disputa de pênaltis em que defendeu a última penalidade da partida, de Gamboa, caindo ao canto esquerdo e expulsando a bola do gol do Tricolor.

Impossível esquecer também as espetaculares intervenções contra a Universidad Católica quando, em um Morumbi lotado pela final de outra Copa Libertadores, agora de 1993, os adversários atacaram a meta defendida pelo goleiro por quatro vezes seguidas e por quatro vezes bateram-se contra o muro erguido pelo do ídolo. Era magnífico. O desempenho do arqueiro o levou à Seleção e, em 1994, Zetti foi campeão do mundo também com a camisa canarinho. O camisa 1 permaneceu mais dois anos no São Paulo, até o final de 1996, quando resolveu deixar o clube e passar o sagrado manto que tão bem ostentou a aquele que do mesmo modo vestiu de maneira tão honrada: Rogério Ceni.

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