Novo técnico do Tricolor para a sequência da temporada 2015, Juan Carlos Osorio chega ao São Paulo com a missão de manter a busca pelo heptacampeonato brasileiro e brigar pelo título inédito da Copa do Brasil. E o histórico de treinadores estrangeiros no comando do time mostra que o colombiano pode trilhar um caminho vitorioso.
De Ramón Platero a Roberto Rojas, a equipe são-paulina coleciona grandes nomes de profissionais de outros países que brilharam no Tricolor. O uruguaio Platero, em 1930, foi o primeiro estrangeiro a dirigir o São Paulo. Daí em diante, mais onze técnicos de outras nacionalidades assumiram o Tricolor. Entre eles, dois marcaram época e foram eternizados pela torcida: Béla Guttmann e Jose Poy.
O húngaro Béla Guttmann, nascido em Budapeste, revolucionou o futebol mundial ao lançar um novo sistema tático de jogo. No São Paulo, seus métodos de treinamento também causaram, a princípio, muita estranheza. Foi dele a ideia de se adotar a divisão das traves em zonas numeradas para se treinar a pontaria dos atacantes. Também implantou o treinamento tático e técnico com o uso de várias bolas em campo – ou seja, cada jogador com sua bola. Foi Campeão Paulista de 1957 antes de retornar ao Velho Continente – quando voltou à Europa se consagrou no Benfica.
Já o argentino, nascido em Rosario, colecionou quatro passagens no comando do time. Entre os principais feitos do goleiro e técnico são-paulino Jose Poy está o recorde de invencibilidade do São Paulo. Foram 47 jogos sem derrota com Poy no banco de reservas (36 vitórias e 11 empates) de 1974 a 1975. Era temido pelos atletas por sua rigidez. Muricy Ramalho sempre lembrava das broncas e das regras de Poy, que implicava com os cabelos compridos de Muricy, moda na época. Campeão Paulista de 1975, Poy ainda dirigiu a equipe em 1964-1965 e 1971-1972.
Antes de Osorio, que ganhou notoriedade no futebol colombiano, Roberto Rojas foi o último técnico estrangeiro no banco de reservas tricolor. Ao lado de Milton Cruz, o ex-goleiro dirigiu o time em 2003 e recolocou o São Paulo na Libertadores da América de 2004 após dez anos. E que com a mesma passagem vitoriosa de seus antecessores, Osorio – o primeiro colombiano no banco de reservas do time – possa eternizar o seu nome no clube.