O tricampeonato da Copa Libertadores

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Calendário 14/07/2022 - 08:30
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Rubens Chiri / saopaulofc.net
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Nesta quinta-feira, dia 14, o Tricolor celebra 17 anos da conquista do Tricampeonato da América. Em julho de 2005, o São Paulo goleou o Atlético Paranaense por 4 a 0 (a segunda maior goleada em finais na história da competição – somente atrás de outra goleada são-paulina: o 5 a 1 sobre a Universidad Católica, em 1993) e faturou novamente o título de Rei da América.

Bicampeão sul-americano na era Telê Santana, com Raí, Müller e cia, o Tricolor deixou escapar a chance do tri em 1994, em uma fatídica decisão por cobrança de pênaltis, e sofreu duros 10 anos até voltar a disputar a competição preferida da torcida são-paulina. O título de 2005 nasceu dessa sede de vitória acumulada por uma década.

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A história recomeçou em 2004. Após tropeços na busca pela vaga em 1999, 2000 e 2002, o São Paulo, com a 3ª colocação obtida no Campeonato Brasileiro de 2003 – o primeiro da história realizado no sistema de pontos corridos – enfim reconquistou o direito de disputar a Taça Libertadores da América.

Provando ter um gosto todo especial por ela, a média de público da torcida são-paulina em jogos no Morumbi foi superior a 56 mil pessoas. Motivado, o Tricolor chegou às semifinais, sendo eliminado no último minuto pelo Once Caldas, da Colômbia, futuro campeão.

Deixou água na boca. O Tricolor não se contentou. Ao fim do Brasileirão de 2004, novo 3º lugar e vaga mais uma vez garantida na competição internacional. Agora era preciso ser campeão! Em 2005, o São Paulo apostou em nomes experientes, como Mineiro e Josué, volantes, e o centroavante Luizão. O time engrenou. Liderou o Paulistão invicto por 15 rodadas, perdendo a invencibilidade para a Lusa. O título veio a seguir, contra o Santos (0x0), com três rodadas de antecipação.

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A equipe são-paulina já havia realizado quatro partidas na primeira fase da Libertadores de 2005 (2 vitórias, 2 empates), quando ocorreu uma troca no comando da equipe: Emerson Leão deixou o cargo de treinador e o auxiliar Milton Cruz chefiou a equipe no quinto jogo (empate fora de casa contra a Universidad de Chile). O São Paulo, então, apostou em um nome de peso para levar o Tricolor ao título. Ele veio, e chegou com absoluta moral: logo de cara, no Pacaembu, 5×1 no Corinthians, que não tinha nada a ver com a história. Paulo Autuori levou o São Paulo a avançar a passos largos para a conquista do tricampeonato sul-americano.

Na fase decisiva, o São Paulo desbancou um tradicional freguês no torneio. O Palmeiras caiu frente ao Tricolor com duas derrotas (1×0 no Palestra Itália e 2×0 no Morumbi). Nas quartas-de-final, em casa, partida sensacional do capitão Rogério Ceni (dois gols marcados e ainda um pênalti perdido), 4×0 no Tigres, do México. O jogo de volta foi a passeio, mas custou a invencibilidade no torneio. A semifinal, contudo, contra o River Plate, parou toda a América Latina.

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O que o Tricolor desconhecia era um esquema envolvendo o árbitro do jogo para favorecer a equipe portenha. De nada adiantou, com Amoroso, recém contratado, o São Paulo faturou: 2×0 em casa (“El Morumbi te mata”), e 3×2 fora. Quinta final de Libertadores na história!

Os duelos contra o Atlético Paranaense foram no Beira-Rio – o CAP à época ainda não possuía um estádio que se encaixasse nas exigências do regulamento para a final do torneio internacional – e no Morumbi. No jogo de ida, empate em 1×1. A consagração se deu no Morumtri!

71.986 pessoas presenciaram mais um show do “Time de Guerreiros”, como ficou conhecida a equipe Tricampeã da Libertadores da América, após os sonoros 4×0. Rogério Ceni ergueu a Taça e a torcida incendiou o Morumbi aos gritos de “Telê, Telê”!

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A CAMPANHA

Primeira Fase
03.03.2005 – 3 X 3 – THE STRONGEST Football Club (Bolívia)
09.03.2005 – 4 X 2 – Corporación de Fútbol Profesional de la UNIVERSIDAD DE CHILE (Chile)
16.03.2005 – 2 X 2 – QUILMES Atlético Club (Argentina)
13.04.2005 – 3 X 1 – QUILMES Atlético Club (Argentina)
21.04.2005 – 1 X 1 – Corporación de Fútbol Profesional de la UNIVERSIDAD DE CHILE (Chile)
11.05.2005 – 3 X 0 – THE STRONGEST Football Club (Bolívia)

Oitavas-de-Final
18.05.2005 – 1 X 0 – Sociedade Esportiva PALMEIRAS (SP)
25.05.2005 – 2 X 0 – Sociedade Esportiva PALMEIRAS (SP)

Quartas-de-Final
01.06.2005 – 4 X 0 – TIGRES – Sinergia Deportiva de la Universidad Autónoma Nuevo León (México)
15.06.2005 – 1 X 2 – TIGRES – Sinergia Deportiva de la Universidad Autónoma Nuevo León (México)

Semifinais
22.06.2005 – 2 X 0 – Club Atlético RIVER PLATE (Argentina)
29.06.2005 – 3 X 2 – Club Atlético RIVER PLATE (Argentina)

Finais
06.07.2005 – 1 X 1 – Clube ATLÉTICO PARANAENSE (PR)
14.07.2005 – 4 X 0 – Clube ATLÉTICO PARANAENSE (PR)

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O JOGO DO TÍTULO

14.07.2005
São Paulo (SP)
Estádio Cícero Pompeu de Toledo, Morumbi

SÃO PAULO Futebol Clube 4 X 0 Clube ATLÉTICO PARANAENSE

SPFC: Rogério Ceni (capitão); Fabão, Diego Lugano e Alex; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Junior (Fábio Santos, 40’/2); Amoroso (Diego Tardelli, 33’/2) e Luizão (Souza, 28’/2). Técnico: Paulo Autuori.

Gols: Amoroso, 16’/1; Fabão, 7’/2; Luizão, 25’/2; Diego Tardelli, 43’/2.

CAP: Diego; Jancarlos, Danilo, Durvão e Marcão (capitão) (Fernandinho, 15’/2); Cocito, André Rocha (Alan Bahia, 37’/2), Evandro e Fabrício; Lima (Rodrigo, 15’/2) e Aloísio. Técnico: Antônio Lopes.

Árbitro: Horacio Marcelo Elizondo (Argentina)
Assistente 1: Rodolfo Otero (Argentina)
Assistente 2: Juan Carlos Rebollo (Argentina)
Renda: R$ 3.026.395,00
Público: 71.986 pagantes

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A CLASSIFICAÇÃO FINAL

Time PTS JGS VIT EMP DER GM GS SG AP%
São Paulo FC (SP) 31 14 9 4 1 34 14 20 73.81%
C Atlético Paranaense (PR) 24 14 7 3 4 22 23 -1 57.14%
CD Guadalajara (MEX) 26 14 7 5 2 28 16 12 61.9%
CA River Plate (ARG) 23 12 7 2 3 23 17 6 63.89%
Club Tigres de la UANL (MEX) 19 10 5 4 1 18 12 6 63.33%
CA Boca Juniors (ARG) 18 10 5 3 2 21 10 11 60%
CA Banfield (ARG) 18 10 5 3 2 18 13 5 60%
Santos FC (SP) 15 10 5 0 5 24 17 7 50%
CPD Junior (COL) 16 10 5 1 4 16 18 -2 53.33%
10º Club Cerro Porteño (PAR) 15 8 4 3 1 13 7 6 62.5%
11º Liga Deportiva Universitaria (EQU) 14 10 4 2 4 15 19 -4 46.67%
12º SE Palmeiras (SP) 13 10 3 4 3 12 10 2 43.33%
13º CFP Universidad de Chile (CHL) 12 8 3 3 2 11 13 -2 50%
14º Pachuca CF (MEX) 11 8 3 2 3 10 13 -3 45.83%
15º CD Independiente Medellín (MEX) 10 8 3 1 4 14 13 1 41.67%
16º CD Once Caldas (COL) 10 8 2 4 2 8 7 1 41.67%
17º CD América (COL) 15 8 5 0 3 12 8 4 62.5%
18º EC Santo André (SP) 8 6 2 2 2 11 6 5 44.44%
19º CD Cobreloa (CHL) 8 6 2 2 2 6 7 -1 44.44%
20º Danubio FC (URU) 7 6 2 1 3 9 8 1 38.89%
21º CD Olmedo (EQU) 7 6 2 1 3 10 11 -1 38.89%
22º Quilmes AC (ARG) 7 6 1 4 3 10 13 -3 29.17%
23º C Sporting Cristal (PER) 7 6 2 1 3 5 10 -5 38.89%
24º Bolívar IU (BOL) 7 6 2 1 3 8 14 -6 38.89%
25º Club Libertad (PAR) 6 6 2 0 4 8 11 -3 33.33%
26º Club The Strongest (BOL) 5 6 1 2 3 6 10 -4 27.78%
27º C Alianza Lima (PER) 5 6 1 2 3 4 7 -3 27.78%
29º C Deportivo Cuenca (EQU) 3 6 0 3 3 4 9 -5 16.67%
30º CA San Lorenzo A (ARG) 3 6 0 3 3 1 5 -4 16.67%
31º C Nacional de F (URU) 3 6 1 0 5 7 12 -5 16.67%
32º Deportivo Táchira FC (VEN) 3 6 1 0 5 3 17 -14 16.67%
33º CA Peñarol (URU) 3 2 1 0 1 4 4 0 50%
34º CSyD Colo-Colo (CHL) 2 2 0 2 0 2 2 0 33.33%
35º Tacuary FC (PAR) 1 2 0 1 1 2 4 -2 16.67%
36º CD Oriente Petrolero (BOL) 0 2 0 0 2 2 5 -3 0%
37º CD Mineros de Guayana (VEN) 0 2 0 0 2 1 5 -4 0%
38º CS Cienciano (PER) 0 2 0 0 2 2 8 -6 0%

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