Um coração tricolor

Um coração tricolor

Calendário 31/08/2012 - 10:10

Natural de Feira de Santana, o meia Jorge Wagner iniciou a
carreira profissional no Bahia, onde jogou de 1996 a 2000. Já entre
2007 e 2010, o ex-camisa 7 foi bicampeão brasileiro pelo São Paulo.
Com o coração dividido, ele assistirá do Japão o duelo entre as
equipes no próximo domingo, em Pituaçu.

Atualmente no Kashiwa Reysol, Jorge Wagner não esconde o carinho
que tem por Bahia e São Paulo. Aliás, por todos os clubes que
passou, o meia sempre foi muito querido por conta de sua humildade
e profissionalismo acima da média tanto dentro de campo quanto fora
dele.

“Bahia e São Paulo são dois times que eu me idêntico muito.
Conquistei o carinho e respeito desses clubes e também de suas
torcidas. O São Paulo vive um momento melhor, mas acredito que será
um grande jogo. Estarei assistindo aqui do Japão”, ressaltou Jorge
Wagner.

O jogador chegou ao São Paulo em 2007. Logo no primeiro ano, ele
ajudou o time a se consagrar campeão brasileiro. Feito que se
repetiria no ano seguinte, com a histórica arrancada no returno do
Brasileiro. No Tricolor, Jorge Wagner sempre se caracterizou por
seus passes precisos a gol. Em 2008, por exemplo, ele foi o
principal garçom da equipe com 24 assistências no ano inteiro, um
recorde do clube nas últimas temporadas.

Do Japão, Jorge Wagner conversou com o Site Oficial do São Paulo
e relembrou os bons momentos em que viveu no clube. Além disso, deu
dicas para o Tricolor dar nova arrancada na competição e também
falou como está sendo sua vida e da família do outro lado do
mundo.

  • O quê representa Bahia e São Paulo para você, os
    adversários do fim de semana?

Graças a Deus passei por grandes clubes no futebol brasileiro e
conquistei títulos em todos, mas o Bahia e o São Paulo são os dois
times que eu me identifico mais. O Bahia foi onde tudo começou,
equipe que me projetou para o futebol. O São Paulo passei quatro
anos e conquistei dois títulos brasileiros. Isso marca a carreira
de um profissional. Conquistei o respeito e carinho dessas
torcidas.

  • No São Paulo, você conquistou o bi brasileiro e até
    hoje é lembrado com carinho pela torcida. Como é esse
    reconhecimento?

Tenho vários amigos são-paulinos e nas minhas redes sociais
consigo manter contato com vários torcedores. Fico muito feliz
quando vejo as mensagens. São mensagens de agradecimento, de
incentivo e muitos pedindo para eu voltar. Isso prova o carinho que
esses torcedores têm por mim.

  • O São Paulo está encostando novamente no G4. Você já
    passou por isso, que dica dá ao time?

O Brasileiro é muito disputado. O equilíbrio entre as equipes é
muito grande. Acho que o segredo é sempre ganhar o próximo jogo.
Vão ter vários confrontos de times que estão no topo da tabela e,
com isso, a possibilidade das equipes que estão no meio da tabela
se aproximarem dos lideres. O campeonato está na metade. Não tem
nada definido ainda.

  • O São Paulo já venceu três vezes o Bahia em 2012, você
    acha que domingo será diferente?

O Bahia não está passando por um bom momento na competição, o
Caio Jr. pediu demissão. Algumas disputadas internas estão
acontecendo e isso prejudica muito dentro de campo. Já o São Paulo
vive um bom momento com retorno de jogadores importantes. Será um
grande jogo e estarei assistindo daqui.

  • A camisa 7 , usada por você e Mineiro nos últimos anos,
    agora é do Lucas. Ele está representando bem?

Está sim. O São Paulo depende muito do Lucas hoje. É um jogador
que sabe fazer gol e também dá muitas assistências. Torço muito
para o sucesso dele.

  • Como está sua vida ai no Japão? Família adaptada já? E
    os filhos?

A adaptação vem com o tempo. É tudo diferente do que nos
vivíamos aí no Brasil. Nossa rotina mudou muito. Tudo que estamos
passando aqui serve como uma grande experiência de vida. Estamos
procurando aproveitar ao máximo. Os meninos estão estudando e tendo
a oportunidade de aprender outras línguas.

  • Pretende voltar ao Brasil para encerrar a carreira
    aqui?

Pretendo. Acabei de renovar o meu contrato. Termina no dia 1º de
Janeiro de 2014. Nossos planos é cumprir este contrato e voltar
para o Brasil.

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