Há 23 anos, o São Paulo conquistou o Tricampeonato Brasileiro

Há 23 anos, o São Paulo conquistou o Tricampeonato Brasileiro

Calendário 9/06/2014 - 11:02

No dia 9 de junho de 1991, há 23 anos, o São Paulo deu o passo
inicial para uma nova fase da história. O Tricolor era, então,
bicampeão nacional após ter batido na trave nos dois anos
anteriores, com dois vices campeonatos nacionais (1989 e 1990). Em
1991, o São Paulo não deixou escapar o título e conquistou, enfim,
o Tricampeonato Brasileiro ao superar o surpreendente Bragantino na
casa do adversário.

Esse sucesso colocou um ponto final a um período de incertezas e
proporcionou um novo e amplo horizonte de vitórias aos
são-paulinos: primeiro a América, depois o Mundo. Porém, tudo isso
começou ao se juntar os cacos da temporada de 1990. Telê Santana,
que a princípio chegou naquele ano somente para apagar o incêndio,
em pouco tempo conseguiu formular uma equipe forte e competitiva.
Zetti, Cafu, Leonardo encontraram seu espaço na equipe, a qual Raí
regia com maestria.

Logo no primeiro jogo da competição, 3 a 0 em cima do Atlético
Mineiro, em Belo Horizonte. Contudo, o time se mostrou inconstante
nas rodadas iniciais, acumulando derrotas e vitórias aleatórias.
Nada que assustasse. Depois, dez jogos invictos levaram o Tricolor
à liderança do campeonato na primeira fase.

Quatro times avançaram às semifinais: São Paulo, Bragantino,
Fluminense e Atlético Mineiro. Por possuir a melhor campanha até
então, dois empates e um gol mais que aguerrido de Mário Tilico
garantiram vaga na finalissima ao time do Morumbi. Contudo, esse
mesmo critério que nas semifinais beneficiou o Tricolor, na decisão
quase prejudicou.

Como o Bragantino passou pelo Fluminense com uma vitória e um
empate, acumulou mais pontos e ultrapassou o Tricolor na pontuação
geral, obtendo assim, um ponto de bonificação na disputa do título.
Ou seja, somente duas combinações de resultados interessavam ao São
Paulo: duas vitórias, ou ao menos uma vitória e um empate.

As partidas decisivas

Na fria noite do dia 5 de junho, o São Paulo foi ao ataque
sabendo que decidiria o campeonato ali, em seus domínios. Morumbi
lotado e pressão durante todo o jogo… mas nada de gol. No segundo
tempo, alucinado, o Tricolor não deixou o Bragantino respirar. Logo
aos 4 minutos, Cafu avançou e cruzou pela direita. Bernardo, na
área, cabeceou a bola na trave! Marota, ela sobrou para Müller de
cara pro gol, mas o atacante furou!

Eis que novamente a estrela de Mário Tilico brilhou. Iluminado,
salvou o lance acertando um chute certeiro no canto direito do
goleiro Marcelo. O gol da vitória, o gol do título. Claro, ainda
haveria o jogo de volta e ninguém imaginava isso ou já se
considerava campeão.

Em Bragança Paulista, pouco mais de 12 mil pessoas no pequeno,
porém pulsante estádio Marcelo Stéfani.  O campo diminuto, o
gramado ruim, a lama e, claro, o bom time do Bragantino de Carlos
Alberto Parreira eram grandes ameaças. Porém, o gênio de Telê as
neutralizaram com uma mera substituição: ao passar Cafu para o meio
campo e ao deixar Zé Teodoro na lateral direita, o treinador
são-paulino anulou a ofensiva interiorana, mantendo ainda o
potencial de contra-ataque dos tricolores.

Não deu outra, fim de jogo (após um susto nos minutos finais): 0
a 0. O São Paulo se tornou Tricampeão Brasileiro. Raí, com a faixa
de capitão, ergueu a taça cuja réplica hoje se encontra no Memorial
Luiz Cássio dos Santos Werneck, o salão de troféus do Morumbi.

A conquista assegurou vaga ao clube na disputa da Taça
Libertadores da América de 1992. Mais que isso, o título abriu o
coração de milhões de são-paulinos a algo tãos saboroso quanto, à
emoção que o torcedor tricolor conheceu tão bem, por três vezes,
até hoje: O sabor de ter o mundo a seus pés.

 

09.06.1991
Bragança Paulista (SP) – Estádio Marcelo Stéfani

Clube Atlético BRAGANTINO 0 X 0 SÃO PAULO Futebol
Clube

CAB: Marcelo; Gil Baiano, Júnior, Nei
(capitão) e Biro Biro; Mauro Silva, Ivair (Luiz Müller), Alberto e
João Santos (Franklin); Mazinho e
Silvio. Técnico: Carlos Alberto
Parreira.

SPFC: Zetti; Zé Teodoro, Antônio Carlos,
Ricardo Rocha e Leonardo; Ronaldão, Bernardo, Cafu e Raí (capitão);
Macedo e Müller (Flávio). Técnico: Telê
Santana.

Árbitro: José Roberto Ramiz
Wright
Renda:
 CR$ 64.650.000,00
Público: 12.942 pagantes

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