Um dos maiores ídolos da torcida são-paulina, o ex-goleiro Zetti
completa 50 anos de idade neste sábado (10). Arqueiro do Tricolor
nas memoráveis conquistas da Libertadores da América e do Mundial,
em 1992 e 1993, o ex-jogador escreveu o seu nome na história do
clube com inúmeras defesas importantes, como nas decisões dos
torneios internacionais.
Armelino Donizete Quagliato nasceu em 10 de janeiro de 1965, em
Porto Feliz, interior de São Paulo, e até os dez anos viveu no
campo com seus pais e irmãos. Desde pequeno, Zetti já gostava da
bola e mostrava que tinha intimidade com o futebol. Ainda na
escola, o menino dava os seus primeiros passos para seguir carreira
e ganhava confiança para iniciar a sua trajetória.
Então, após debutar no mundo da bola e acumular passagens por
Guarani, Palmeiras, Toledo e Londrina, o goleiro chegou ao
Tricolor. No São Paulo, o começo também foi difícil. Afinal, Gilmar
era o titular. Quando veio do Palmeiras, em 90, era um goleiro
comum. Quase ninguém previa que ele iria se consagrar no SPFC, como
acabou ocorrendo.
Ali, o arqueiro sabia que era questão de tempo e muito trabalho
para herdar a vaga do lendário titular e iniciar a sua vitoriosa
carreira no São Paulo, que durou seis anos e contou também com as
conquistas da Supercopa da Libertadores, Recopa Sul-Americana, Copa
Master da Conmebol, Campeonato Brasileiro e Paulista.
“O São Paulo representa muito na minha vida. Vivi momentos
marcantes, maravilhosos e pude dividir tudo isso com a torcida, que
sempre me apoiou. Os títulos e conquistas estão eternizados. Não
tenho palavras para falar sobre a minha relação com o clube, porque
foram momentos felizes defendendo o time. Sem dúvida, passar pelo
São Paulo mudou a minha vida”, afirma o ex-goleiro, que em 1992
viveu um dos momentos mais memoráveis do Tricolor.
Na final da Libertadores daquele ano, contra o Newell’s Old
Boys, da Argentina, Zetti defendeu o pênalti que deu a vitória ao
São Paulo. Foi um momento inesquecível. Todos os jogadores correram
para abraçá-lo, enquanto os 120 mil torcedores que lotavam o
Estádio do Morumbi gritavam o nome de Zetti e festejavam a inédita
conquista.
“Marcou a minha trajetória. Por isso me identifico muito com a
torcida são-paulina e, principalmente, com as cores do clube.
Sempre lutei pela equipe e, por isso, sempre digo que o atleta se
transforma em ídolo se conquistar títulos. Não adianta ficar no
clube e não ganhar nada. São as conquistas que fazem o torcedor ter
um carinho diferente pelo jogador. E felizmente isso aconteceu
comigo”, completa o ex-arqueiro, que acrescenta.
“Os títulos estão marcados para sempre. Foram seis anos de
muitas alegrias no São Paulo. A identificação com o clube e
torcedores é enorme, e espero manter este carinho por muito tempo.
Acho que conquistei isso. Foi atuando pelo São Paulo que ganhei uma
oportunidade na Seleção”, finaliza Zetti, que atuou em 432 jogos
pelo clube e foi campeão com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo
de 1994.