O São Paulo terá o reforço de um antigo conhecido para o
restante da temporada. Revelado no Centro de Formação de Atletas de
Cotia, o volante João Schmidt retorna, após 10 meses, do empréstimo
ao Vitória de Setúbal, de Portugal, e está à disposição para o
técnico Juan Carlos Osorio.
Mais maduro, João Schmidt foi destaque do Vitória de Setúbal na
última temporada, com oito gols marcados, sendo o artilheiro do
time. Para ele, esse pode ser o diferencial que Osorio procura.
O volante, que ainda aguarda que seu nome apareça no BID e seja
liberado para atuar com a camisa tricolor, teve passagens por quase
todas as seleções de base no período em que esteve em Cotia, e
agora, espera se firmar na equipe principal, mostrar seu trabalho
para o torcedor são-paulino.
Confira a entrevista com o volante:
Como foram esses dez meses em Portugal?
Acredito que ganhei 10 anos, joguei lá, fiz jogos profissionais,
apareci bastante, fui artilheiro do time, e hoje volto muito mais
maduro como pessoa, profissional, muito mais preparado para jogar
no São Paulo. Ainda posso ajudar muito o time. Espero ter
oportunidades com a camisa tricolor e mostrar meu trabalho para a
torcida, trabalharei o máximo.
Qual sistema e em que posição você jogava no Vitória de
Setúbal?
Lá eu jogava como volante esquerdo, o desenho em campo era de um
losango, com saída dos volantes para o jogo.
O que você almeja para esta temporada no São
Paulo?
O Osorio ainda não me conhece muito, cheguei mais maduro,
poderei mostrar meu trabalho durante os treinos e espero poder
jogar. Para mim, sempre foi é um sonho vestir a camisa do São
Paulo. Eu voltou mais completo e empenhado em ajudar a equipe.
Como foi o primeiro contato com o técnico Juan Carlos
Osorio?
Conversei com o Osorio, ele me deu boas vindas. Tenho potencial
para jogar. Ele coloca o time para jogar em um esquema tático que
me favorece, porque ele gosta de postar o time como eu jogava lá,
de volante pelo lado esquerdo e apoiando o ataque.
Quando estará à disposição do técnico, preparado
fisicamente?
Estou bem fisicamente, fiquei 20 dias parado entre o fim da
temporada lá e o início do treino aqui. Devo ficar à disposição já
nesta semana. Quando o técnico achar que devo jogar, estarei
pronto.
Chegou a hora de você mostrar seu trabalho no
Brasil?
Chegou a hora do João Schmidt no São Paulo. Antes, talvez eu não
tivesse maduro o suficiente ou não tivesse as oportunidades que
agora terei. Hoje me sinto preparado, talvez antes não estivesse.
Estou no momento de mostrar meu trabalho no profissional, como
conseguia mostrar na base.
Qual é o seu diferencial?
Minha saída de bola pode ser diferenciada, sou um volante
canhoto, são poucos que atuam no futebol com essa habilidade na
perna esquerda. Também acredito que meu passe longo é bom, treino
bastante isso. Aprendi em Portugal a chegar mais na área, que não
basta um volante marcar. Cheguei a marcar três gols na entrada da
área.
Qual o principal aprendizado que ficou do futebol
português?
Chegar mais na frente e ser mais intenso. Lá não é mais técnico
que o Brasil, mas é um futebol mais intenso, corrido, tive que
aprender isso lá, voltei com mais personalidade. Minha dinâmica em
campo é muito mais evoluída depois da temporada em Portugal.