Sob o comando do técnico Paulo Autuori, o Tricolor conquistou o
mundo em 2005 e marcou uma geração de são-paulinos, que ali
iniciava um período vitorioso do clube e, mais tarde – já com
Muricy Ramalho -, ergueria três troféus do Campeonato Brasileiro em
2006, 2007 e 2008. E na próxima sexta-feira (11), no Morumbi, em
jogo que celebrará os 25 anos de carreira do M1TO ao lado dos
campeões mundiais de 1992, 1993 e 2005, o treinador terá a
oportunidade de reencontrar os seus comandados que marcaram época
no clube.
Desde a sua saída do São Paulo – na primeira passagem -, o
comandante não reencontrou mais o time que conquistou a
Libertadores da América e o Mundial de Clubes da FIFA sob o seu
comando. Quando retornou ao Tricolor, em 2013, apenas Rogério Ceni
e Denilson estavam no elenco e representavam os campeões de 2005.
Por isso, no Jogo dos Sonhos da próxima sexta, Autuori terá a honra
de dirigir mais uma vez a equipe que certamente está eternizada na
memória de cada torcedor são-paulino.
“Sou um cara meio cuca fresca, não sou nada piegas (risos), mas
será um momento muito significativo reencontrar o pessoal de 2005,
porque era um grupo extraordinário. E não digo isso pelas
conquistas da Libertadores e do Mundial, mas é porque poucas
pessoas se deram conta de que aquele elenco tinha lideranças
distintas. Os jogadores tiveram três metodologias de trabalho, com
o Leão, comigo e com o Muricy, e mostraram que eram vitoriosos com
todos os treinadores. Era o tipo de grupo que qualquer técnico
gostaria de trabalhar”, afirmou o comandante, que recordou alguns
momentos de sua primeira passagem.
“As individualidades daquele grupo eram fortes e vitoriosas. E
poder reencontrar estes profissionais é uma grande satisfação,
principalmente porque a cada dia é mais raro ter um elenco como
aquele. Será altamente significativo poder rever os jogadores e
recordar de um momento tão vitorioso na carreira de todos nós. Sem
dúvida, será uma oportunidade única e especial”, acrescentou o
treinador, que com o seu perfil sereno e perseverante estará para
sempre marcado junto à terceira estrela vermelha do escudo
são-paulino.
Paulo Autuori chegou ao clube em meio àquela que era, até então,
a competição mais importante do ano: a Libertadores da América.
Levou seu “Time de Guerreiros” não apenas ao topo do continente,
mas ao título mundial – o terceiro na história do Clube. E um dos
grandes nomes do time dirigido pelo treinador era justamente o do
capitão Rogério Ceni, que será o dono da noite na próxima
sexta-feira (11), no Jogo dos Sonhos, em evento que certamente
ficará eternizado na memória de cada torcedor são-paulino que for
ao Morumbi.
“Sou completamente suspeito para falar do Rogério. Agradeço
muito a oportunidade de ter trabalhado com um profissional como
ele, porque o Rogério é extremamente inteligente. Quem lida com ele
não pode ter receio e sempre tem que ter os argumentos, porque o
Rogério é altamente conectado com a realidade e ligado em tudo que
acontece. Dentro de sua profissão, tem um conhecimento tático muito
grande, e por isso nós técnicos temos que mostrar as nossas ideias
não só com palavras, mas com atos para respaldar as escolhas”,
disse o comandante, que completou.
“E foi assim que estreitamos a nossa relação, porque foi
exatamente isso que aconteceu durante a minha passagem em 2005. Sou
grato por ter trabalhado com ele, e posso dizer que tudo que ele
conquistou foi pouco, porque ele merecia muito mais por ser tão
obcecado pelo trabalho e detalhes. A perfeição, mesmo que seja algo
difícil de conquistar, fez com que ele se tornasse tão vitorioso.
Desejo toda a felicidade ao Rogério, porque o futebol não pode
abrir mão de um profissional como ele. O futebol não pode perder a
presença dele”, finalizou.