Um a um, os campeões mundiais de 1992, 1993 e 2005 foram
‘convocados’ para subirem ao gramado do Morumbi e participar do
Jogo dos Sonhos, que na última sexta-feira (11) celebrou os 25 anos
do M1TO. E entre os tricolores que foram ovacionados pela torcida –
que com bandeirões, faixas e inúmeros cantos de amor ao clube fez
uma verdadeira festa nas arquibancadas – estava Renê Santana, com a
missão de representar o Mestre Telê.
Assim que foi chamado para entrar no campo, Renê foi aplaudido
de pé pelo torcedores e ouviu um grito que está eternizado no
Estádio Cícero Pompeu e Toledo: “Olêêê, olê, olê, olêêêêê, Telê,
Telêêêê!”. Representar o seu pai e sentir de perto o carinho que os
são-paulinos têm pelo treinador emocionou Renê, que assim como os
ex-campeões mundiais ficou sem palavras para descrever o
tomento.
“Foi a maior festa que eu já vi feita por um clube. Fiquei
impressionado com a beleza do Morumbi. E não fiquei surpreso com o
calor da torcida, porque eu já esperava isso. Aquele calor, aquela
solidariedade e a idolatria pelo Telê foram fantásticos. Fiquei
muito contente, porque pude representar o meu pai e ser bem
recebido”, afirmou Renê.
Telê teve duas passagens pelo Tricolor (1973 e 1990-1996), e é
até hoje o técnico mais vencedor da história do São Paulo. Ao todo,
foram dez títulos oficiais conquistados, incluindo os bicampeonatos
da Taça Libertadores da América e do Mundial Interclubes, que
elevaram o nome do São Paulo FC a um patamar nunca antes atingido.
Eterno ídolo da torcida, que até hoje canta seu nome nos jogos do
time, sua marca registrada era a disciplina imposta a seus
comandados – tudo em prol da perfeição técnica, alcançada mediante
treinamento constante e rigidez de conduta.
Por isso, quando teve o seu nome anunciado no Morumbi, a torcida
fez a festa e recordou dos grandes feitos do Mestre. “Posso dizer
que lavei a alma. Saí do estádio com a alma lavada, porque durante
algumas horas, estive no céu”, acrescentou o filho de Telê, que
também elogiou o capitão Rogério Ceni – dono da noite e responsável
por reunir tantos ídolos em um único evento, que ainda contou com
os shows das bandas República e Ira!
“O Rogério fechou o seu ciclo como atleta profissional com chave
de ouro, abraçado por todos e consagrado. Mesmo os atletas que não
puderam estar presentes fizeram questão de enaltecê-lo pelo
excelente profissional que sempre foi. Ele merecia muito mais, e
nem sei o que mais poderia ser feito já que o evento foi memorável,
mas tenho certeza de que o Rogério também ficou orgulhoso”,
finalizou.