Com os dois gols no Arruda, pelo Campeonato Brasileiro, na vitória por 2 a 1 sobre o Santa Cruz, Chavez aumentou uma sequência inusitada do São Paulo na temporada, mas não inédita: os últimos sete gols da equipe foram marcados por jogadores estrangeiros. Essa marca se iguala à de Calleri, que marcou sete gols seguidos no início de 2016.
Chavez chegou mostrando que tem estrela e faro de artilheiro. Em apenas duas partidas como titular, o atacante argentino já deixou sua marca três vezes. Antes dele, os gol saíram dos pés do peruano Cueva, diante de Corinthians e Chapecoense, e de Calleri, contra o Atlético Nacional, na derrota por 2 a 1 pela semifinal da Libertadores da América. Por sinal, o autor desse gol tem sua própria marca no Tricolor. Foram sete gols em sequência: Trujillanos (contando os três últimos – ele também marcou o primeiro desse jogo), River Plate (2), Audax e The Strongest.
Chavez, que contou com assistência do chileno Mena no primeiro gol e do peruano Cueva no segundo, saiu do campo comemorando a conquista coletiva dos três pontos fora de casa. “Importante mesmo é ganhar; como visitante, mais importante ainda”, disse o artilheiro da noite, sem individualizar os méritos.
Para Thiago Mendes, o São Paulo é um clube acolhedor, com tradição internacional, que deixa os jogadores de outros países à vontade para trabalhar sério e fazer o que sabem de melhor. “O São Paulo recebe todos muito bem, eles estão à vontade desde o dia que chegaram, sabem que aqui tem que jogar, fazer o que faziam de melhor em seus outros clubes”, comentou.
André Jardine, que comandou a equipe após Bauza deixar o São Paulo para comandar a seleção argentina, fez um esquema tático para que Kelvin e Cueva ficassem mais soltos na articulação do ataque e abastecessem Chavez dentro da área, tática que deu certo. “Os estrangeiros estão totalmente ambientados, acolheram eles muito bem. Eles estão muito comprometidos com o trabalho, querendo vencer em um clube como o São Paulo, que além de grandes jogadores brasileiros, tem no DNA jogadores estrangeiros como ídolos. Isso agrega muito ao clube”, analisou.
Atualmente, o São Paulo conta com seis estrangeiros no elenco: Lugano (Uruguai), Cueva (Peru), Mena (Chile), Buffarini, Chavez e Centurion (Argentina). Para a partida diante do Santa Cruz, Lugano e Centurion não viajaram com a delegação. O zagueiro foi poupado, enquanto o atacante permanece liberado pela diretoria para negociar com outro clube.