É difícil escolher, acabo indo sempre na linha do torcedor, dos que eles mais gostam: o primeiro gol foi muito importante, o gol 100, o gol da final contra o Santos, no Paulista de 2000, talvez o gol no Mundial de 2005, e tem o gol sobre o Palmeiras, de pênalti, no ano em que fomos campeões. Gols de Libertadores são sempre especiais.
Teve um jogo especial para mim no Morumbi que é o contra o Rosário Central. Nós perdíamos e depois viramos o jogo, depois de 10 anos longe da Libertadores. Nos pênaltis também perdíamos até a última cobrança. Eu fiz o gol de pênalti, defendi, depois acho que o Gabriel faz e eu pego novamente e a gente classifica. Foi um dia muito emocionante. Teve o jogo do Cruzeiro, aquele do pênalti e dos dois gols marcados, que me deu o recorde de gols. Agora, aos 40 anos teve aquele jogo contra a Universidad Católica, no Chile, que foi emblemático, também. Teve o jogo também contra o Liverpool, que é um jogo de título mundial. Tem sempre muitos jogos, muitas defesas, outros jogos que não eram de finais de campeonato mas que foram importantes nas conquistas dos Campeonatos Brasileiros, que são pontos corridos e às vezes a gente não dá tanto valor por serem 38 rodadas, mas sempre há jogos que foram marcantes, importantes. Copa Conmebol, aquele contra o Peñarol, a final quando vencemos. Dá pra buscar várias épocas em momentos diferentes da carreira.
Eu gostava muito do treinamento diário. Apesar do cansaço físico, das dores, gostava muito dessa rotina. E especialmente dos grandes jogos, de Libertadores. Mas isso hoje não me faz falta, tanto que eu joguei futebol acho que duas ou três vezes pós-encerramento de carreira. Eu me sinto muito bem. Às vezes você sente falta de um novo desafio, de uma nova etapa da vida, mas acho que para tudo tem que ter uma preparação e me sinto feliz agora, aqui, onde estou. Fazendo um curso, visitando clubes, num país até mais frio em termos de cultura, e mesmo assim tendo as portas abertas nos mais variados clubes. É algo que eu não imaginava a dimensão e quem sabe isso possa ser importante para o futuro, para o meu futuro.
Nenhuma (risos). Nenhuma, eu parei realmente no limite que eu tinha. Depois tive 30 dias de férias, alonguei um pouco mais as férias, aliás, tive 45 dias mais ou menos. E não levantei mais nenhuma vez pensando no treinamento, aliás eu decidi no primeiro mês que eu não levantaria mais tão cedo como eu sempre levantei, pude dar um tempo para mim. Muitas vezes eu acordava, mas eu brigava para poder ficar uma hora a mais na cama descansando e agora sim, neste segundo semestre eu prometi que ia me dedicar mais a cursos e aos estudos então estas semanas têm sido mais puxadas. Quinze para as sete, sete e quinze eu já estou de pé, indo de bicicleta, a pé, de metrô para os lugares… tem sido uma experiência de vida bacana.
Olha, a maior emoção que eu tenho é o reconhecimento, o carinho sempre de todo torcedor. Eu sempre falo que o maior título, a maior conquista da minha carreira no São Paulo é ver o quanto cresceu a torcida do São Paulo nesses anos todos, e fazer parte dessa conquista. Mas acho que ter o carinho do torcedor são-paulino é o maior presente, é a maior conquista que eu posso ter comigo, que eu posso levar comigo.
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