“Quem vestir a camisa no domingo vai ter de responder”

“Quem vestir a camisa no domingo vai ter de responder”

Calendário 24/11/2016 - 14:05

No banco de reservas do Tricolor para os dois últimos compromissos da temporada, diante de Atlético-MG e Santa Cruz após a saída de Ricardo Gomes, o interino Pintado exigirá muita entrega da equipe nesta reta final de Campeonato Brasileiro de 2016. Durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira (24), no Centro de Treinamento da Barra Funda, o comandante projetou os duelos com mineiros e pernambucanos.

“Não tem milagre, por isso temos que trabalhar bastante. Não vamos resolver tudo no domingo, mas não podemos ser um time apático. Isso não vai ser. Essa camisa tem um custo muito alto para vestir. Quem vestir no domingo vai ter de responder. É isso que queremos da equipe”, afirmou o membro da comissão técnica, que nesta manhã iniciou a sua montagem do time para o embate de domingo (27), às 17h (de Brasília), em Belo Horizonte.

No bate-papo com os jornalistas que cobrem o dia a dia do clube, Pintado também falou sobre a saída de Ricardo Gomes. “Muito triste pela saída do Ricardo, um grande treinador e que trabalhou na Europa. Sinto pelo amigo, homem e grande profissional que nos ajudou muito. Tenho dúvidas se não teríamos mais dificuldades se ele não tivesse chegado. Fui informado pela diretoria que comandaria os dois jogos finais”, avaliou o auxiliar, que emendou.

“Sempre gera expectativa do que vem pela frente, mas o São Paulo não está parado. Estamos trabalhando. Não podemos voltar atrás. Não foi um ano bom. Mas temos momentos de alegrias para lembrar que não dá para esquecer”, finalizou o treinador interino.

HISTÓRICO NO TRICOLOR

Um dos jogadores mais vitoriosos na história do Tricolor, Luís Carlos de Oliveira Preto – o Pintado –, foi revelado no próprio São Paulo Futebol Clube, na escolinha Vicente Ítalo Feola, no Morumbi.

Em 1985, Luís Carlos – como então era conhecido pela imprensa – subiu para o time principal e realizou três jogos, sempre como lateral direito. Ainda inexperiente, na mesma temporada foi emprestado para o Bragantino, time da terra natal do jogador. Também atuou pelo Taubaté, em 1987, mas foi diretamente do clube de Bragança Paulista que retornou ao São Paulo, em 1992, após uma pequena divergência com os interioranos, que queriam contratá-lo em definitivo.

Sob os olhares de Telê Santana, Pintado fez história no Tricolor, porém atuando em outra posição: volante. Reestreou na equipe justamente em um jogo que marcou o destino dos são-paulinos na Copa Libertadores (Criciúma 3 x 0 São Paulo, na estreia daquele torneio). O jogador, os demais integrantes do grupo e o próprio Telê, a partir daquele resultado negativo, se “fecharam” pela conquista do então inédito título sul-americano. 

Pintado foi peça fundamental na primeira Libertadores da história tricolor. Curiosamente, na partida final, ficou eternizado por algo que não fez: bater pênalti. Nas disputas após o fim do tempo regulamentar, o volante foi escalado para bater o quinto e possível último tiro penal do São Paulo – o que não veio a acontecer graças à intervenção de Zetti, que defendeu a cobrança de Gamboa, do Newell’s Old Boys, e assegurou a vitória.

Campeão Mundial de 1992, da Copa Libertadores de 1992 e 1993, além do Paulista de 1992 (e também do de 1985), Pintado deixou o Morumbi, em 1993 (negociado junto ao Cruz Azul, do México), consagrado como ídolo são-paulino, tanto pelo futebol apresentado (volante de qualidade, aguerrido, mas nunca violento – em mais de 100 jogos pelo Tricolor, somente foi expulso em duas oportunidades), quanto pelo carisma, vontade e paixão que apresentava em todos os minutos dentro de campo.

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