Como é notório, o Sao Paulo Futebol Clube possuiu um verdadeiro esquadrão no atletismo entre os anos 40 e os anos 60. Competidores de alto nível levaram o clube a um tetradecacampeonato seguido no Estadual – isso mesmo, 14 títulos – e um hexacampeonato no Troféu Brasil (sendo pentacampeão de forma consecutiva, tomando assim a posse definitiva daquele gigante troféu), e a centenas de outras competições nacionais e internacionais, culminando com a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1952, de Adhemar Ferreira da Silva e seus recordes mundiais no salto triplo, em 1952 e 1955 – nesse último, nos Jogos Pan-Americanos.
Mas é bom lembrar de outra grande façanha do atletismo tricolor: ser o maior campeão da Corrida Internacional de São Silvestre, a mais tradicional e importante corrida do pedestrianismo nacional. Criada por Cásper Líbero, de A Gazeta, em 1925, tornou-se uma prova internacional em 1945.
KIATLETA
O projeto social e de atletismo do Tricolor contará, na edição de 2017 da Corrida de São Silvestre, com dois grandes atletas que possuem destacadas chances de uma boa participação: Renilson Vitorino e José Luiz Silva.
Renilson Vitorino: baiano de Euclides da Cunha, vai largar no pelotão de elite da São Silvestre e tem grandes perspectivas de ficar entre os 25 primeiros. É um atleta dedicado e com grande potencial.
José Luiz Silva: natalense guerreiro, sairá no pelotão de elite B da São Silvestre. Maratonista que se prepara para prova internacional desse tipo que ele disputará no Uruguai em abril de 2018, possuindo, nela, grandes chances de subir ao pódio.
PROVA INDIVIDUAL
Nos dois primeiros anos nesta nova categoria, um brasileiro sagrou-se vencedor. Após, uma incrível sequência de vitórias de estrangeiros se manteve até a vitória, em 1980, de um novo brasileiro, enfim. O curioso nesta história: os campeões antes e após jejum eram do São Paulo!
O fato quase seria apagado da história, não fosse alguns poucos registros em livros, jornais e revistas antigas, mas Sebastião Alves Monteiro era atleta do São Paulo FC quando de suas vitórias em 1945 e 1946 (embora, mesmo como atleta são-paulino durante a primeira edição, tenha se registrado como competidor da Força Policial por lá estar “servindo”, à época).
Sebastião era o recordista brasileiro dos 10 mil metros, o que talvez justifique o bicampeonato naquela prova de, então, somente 7km. Fora também campeão sulamericano de cross country de 1947, além de inúmeras outras conquistas.
Nosso outro bicampeão (1980, 1985), José João da Silva, acabou com aquele incômodo jejum de maneira épica, em plena noite paulistana. José João relata que demorou cerca de um ano para compreender a façanha que alcançara. E poderia ter alçado muito mais, não fosse uma fratura no braço que o impediu de participar das duas provas seguintes. Em sua re-estréia, vice, perdendo para o campeão olímpico, o português Carlos Lopes.
Em 1985, a reafirmação de um herói, José João foi campeão em cima daquele que se tornaria, nos anos seguintes, tetracampeão da São Silvestre, Rolando Vera – equatoriano.
COMPETIÇÃO COLETIVA
Não bastasse o São Paulo possuir quatro títulos individuais na São Silvestre, o clube também foi várias vezes campeão da disputa coletiva, entre clubes. Antigamente, grande maioria dos atletas que tomavam parte da prova eram federados à clubes, e não participantes independentes, como hoje (ou ainda filiados a pseudos-clubes, que na verdade são somente patrocinadores).
O São Paulo fora campeão da Corrida de São Silvestre, por equipes, em: 1942, 1943 (ambos ainda na fase nacional), 1948, 1954, 1955, 1956, 1957, 1960, 1963 e 1986. Decacampeão. E ainda foi vice-campeão em 1946 e 1951.
CAMPEÕES
Fase Nacional – Individual Masculino
Fase Internacional – Individual Masculino