Adversário de domingo, Bragantino teve grandes confrontos contra o Tricolor na década de 90

Adversário de domingo, Bragantino teve grandes confrontos contra o Tricolor na década de 90

Calendário 28/02/2019 - 17:11

No próximo fina de semana, no Estádio Nabi Abi Chedid, o Tricolor enfrentará o Bragantino em duelo válido pela nona rodada do Campeonato Paulista. Adversário pelo estadual deste ano, o clube do interior protagonizou duelos marcantes com o São Paulo na década de 90, como a decisão do Campeonato Brasileiro de 1991.

Foi na final contra o time de Bragança Paulista, no dia 9 de junho de 1991, que o Tricolor deu o passo inicial para uma nova fase da história, que nos anos seguintes contou com as conquistas da Copa Libertadores e do Mundial.

Dirigido por Vanderlei Luxemburgo e Carlos Alberto Parreira, o Bragantino viveu grandes momentos e foi campeão estadual em 1990, além do vice-campeonato nacional na temporada seguinte.

O primeiro confronto entre os clubes foi no dia 01 de setembro de 1940, em amistoso realizado em Bragança que terminou com goleada são-paulina por 4 a 1. Desde então, os times duelaram 44 vezes: 24 vitórias do Tricolor, 11 empates e nove derrotas.

A última partida entre São Paulo e Bragantino foi na disputa do Campeonato Paulista de 2018: com gol de Nene, no Morumbi, a equipe são-paulina venceu por 1 a 0.

AS FINAIS DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1991

Na fria noite do dia 5 de junho, o São Paulo foi ao ataque sabendo que decidiria o campeonato ali, em seus domínios. Morumbi lotado e pressão durante todo o jogo… mas nada de gol. No segundo tempo, alucinado, o Tricolor não deixou o Bragantino respirar. Logo aos 4 minutos, Cafu avançou e cruzou pela direita. Bernardo, na área, cabeceou a bola na trave! Marota, ela sobrou para Müller de cara pro gol, mas o atacante furou!

Eis que a estrela de Mário Tilico brilhou. Iluminado, salvou o lance acertando um chute certeiro no canto direito do goleiro Marcelo. O gol da vitória, o gol do título. Claro, ainda haveria o jogo de volta e ninguém imaginava isso ou já se considerava campeão.

Em Bragança Paulista, pouco mais de 12 mil pessoas no pequeno, porém pulsante estádio Marcelo Stéfani.  O campo diminuto, o gramado ruim, a lama e, claro, o bom time do Bragantino de Carlos Alberto Parreira eram grandes ameaças. Porém, o gênio de Telê as neutralizaram com uma mera substituição: ao passar Cafu para o meio campo e ao deixar Zé Teodoro na lateral direita, o treinador são-paulino anulou a ofensiva interiorana, mantendo ainda o potencial de contra-ataque dos tricolores.

Não deu outra, fim de jogo (após um susto nos minutos finais): 0 a 0. O São Paulo se tornou Tricampeão Brasileiro. Raí, com a faixa de capitão, ergueu a taça cuja réplica hoje se encontra no Memorial Luiz Cássio dos Santos Werneck, o salão de troféus do Morumbi.

A conquista assegurou vaga ao clube na disputa da Taça Libertadores da América de 1992. Mais que isso, o título abriu o coração de milhões de são-paulinos a algo tão saboroso quanto, à emoção que o torcedor tricolor conheceu tão bem, por três vezes, até hoje: O sabor de ter o mundo a seus pés.

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