70 anos da estreia de Poy pelo Tricolor

70 anos da estreia de Poy pelo Tricolor

Calendário 14/06/2019 - 14:00

No dia 14 de junho de 1949, há exatamente 70 anos, em um amistoso contra um combinado da Associação dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, um dos maiores goleiros da história do São Paulo estreou pelo Tricolor: o argentino Jose Poy. Esta história, porém, começa quatro anos antes, em 1944, mais precisamente no dia 30 de dezembro, no Pacaembu. O São Paulo havia empatado em 2 a 2 com o Rosário Central, da Argentina.

O jogo, entretanto, quase não teria importância histórica não fosse o goleiro que se destacou pelo time adversário, impedindo a vitória são-paulina: ele mesmo: Poy.

poy01.pngO Estado de S. Paulo – Poy contra o Tricolor, 1945

O Estado de S. Paulo, de 1º de janeiro de 1946, retratou assim aquela atuação: “O arqueiro Poy praticou ótimas defesas e as duas bolas que foram ter às suas redes eram, de fato, indefensáveis. Revelou absoluta segurança nas bolas altas, o mesmo não acontecendo nas baixas, naturalmente devido ao estado escorregadio do campo”.

A atuação ficou gravada na mente de um membro da comissão técnica são-paulina, Vicente Feola. Três anos e meio depois, em 1949, aquele goleiro argentino desembarcou no Canindé para fazer história no Tricolor.

Conquistou os títulos Paulistas de 1949, 1953 e 1957 – como técnico, venceu também o estadual em 1975 e foi vice em 1982, do mesmo modo, obteve o segundo lugar no Brasileirão de 1971 e 1973 e na Copa Libertadores de 1974.

poy02.pngArquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube

Com 525 jogos sob a meta (298 vitórias, 108 empates, 119 derrotas e 670 gols sofridos), Poy é o sexto atleta com mais atuações na história do Tricolor. Somado a estes, outros 422 (213 vitórias, 129 empates e 80 derrotas) como treinador do clube, totalizam ao ídolo um total de 949 partidas defendendo as cores são-paulinas. Somente Rogério Ceni possui número maior, nesse aspecto.

Para coroar a são-paulinidade de Poy, o jogador, ainda ativo dentro de campo, ajudou a erguer o estádio do Tricolor ao redor dele. Ele foi figura de importância imensurável na construção do Morumbi, em que assumiu o papel de garoto propaganda e vendedor de cadeiras cativas (a principal fonte de receitas do clube para o empreendimento) – saindo de porta em porta a vender títulos de propriedade – O goleiro, sozinho, vendeu mais de 8 mil cativas!

Os fatos podem levar a crer em predestinação de Poy ao sucesso no São Paulo, mas o próprio destino pode se valer do acaso, e foi assim, fortuitamente, que a relação do Tricolor com o goleiro, então jogador do Rosario Central, começou.

poy03.pngArquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube – Revista Tricolor nº 37

Poy nasceu no dia 16 de abril de 1926 no bairro de Arroyito, em Rosario, cidade na província de Santa Fé, na Argentina. Lá, dois clubes dominam o cenário local, o já dito Rosario Central, e o Newell’s Old Boys. O pai de Poy, ferroviário e também chamado Jose, era torcedor deste último. O filho, contudo, tornou-se rosarino. Mas o pai, como a mãe Carmem, italiana, sempre o apoiou nas escolhas para o futuro, apesar das ameaças do tipo “no Rosario tu não jogas!”.

Depois de quase seguir carreira militar (pois trabalhou na Escola da Fábrica de Armas do Ministério da Guerra), e também de flertar com ciclismo e basquete, o futebol, esporte que praticava desde sempre nos terrenos baldios e desde os 13 anos no clube do coração, se revelou como a profissão do garoto, muito por influência do padre Jose (sim, outro Jose), que treinava o time da escola católica onde estudava e era amigo da família. 

O padre o levou ao Central, onde, no começo, Poy jogou de meia-direita. Até que, em uma partida do juvenil, o goleiro se machucou e o técnico lhe pediu: “Mostre que é pau para toda obra” (Revista Tricolor nº 37). Resignado, Poy foi para o gol, e até fez umas boas defesas. Pegou gosto, com o tempo, e não saiu mais da posição. Foi campeão argentino juvenil já como arqueiro. 

poy04.pngMundo Esportivo de 17 de junho de 1954

Pouco depois, Jose Poy pai já não mais torcia para o time rubro-negro e o filho, com 17 anos, começou a realizar os sonhos da família, tornando-se titular do Rosario Central. O argentino relatou ao Mundo Esportivo, de 4 de fevereiro de 1955, uma aspiração da infância e como foi difícil realiza-la:

“Naquela época, lá em Rosario, também estavam em moda os tangos de Gardel. Eu ouvia-os e gostava, é lógico, mas outra melodia martelava-me os ouvidos. Era a dos carros que passavam nas ruas do meu bairro. E prometi a mim mesmo que haveria de comprar um calhambeque daqueles. Comecei a guardar dinheiro e recordo que a primeira quantia que coloquei no cofre foi 3 pesos. Privava-me de tudo, contanto que a ‘caixa-forte’ fosse crescendo. Levei quase quatro anos para juntar o capital. Com 700 pesos reunidos, sabe Deus como, fiz minha a estranha melodia das ruas rosarinas, adquirindo um carro velho, que mal dava o arranque, que saía, mas encalhava logo adiante. Descia ladeiras que era uma beleza, só que não subia. Quantas e quantas vezes não tive que empurrar o ‘Carlito Chaplin’?”

Naquela altura, Poy não imaginava que, ao assumir a camisa 1 do Tricolor, no futuro, não precisaria voltar a dirigir um carro: o clube lhe forneceria um motorista – pois considerava o ato “perigoso” para um jogador tão valioso.

poy05.pngMundo Esportivo de 2 de maio de 1952 – A premonitória placa com o número 92 (ver abaixo)

Em 1945, com 19 anos, excursionou ao Brasil com os rosarinos. Nessa ocasião visitou Belo Horizonte, Salvador e vislumbrou o manto Tricolor pela primeira vez. Saiu do Pacaembu com o empate e deixou uma reputação de prestígio. Boa troca. Contudo, foi somente após uma situação de penúria e de conflitos de greve, é que o destino de Poy foi definitivamente ligado ao do São Paulo.

Lutando contra a imposição de teto salarial no futebol argentino, os atletas profissionais se recusaram a disputar o campeonato local durante sete meses, de novembro de 1948 a maio de 1949 (juvenis realizaram os jogos daquela temporada). Em Rosario, Poy foi um dos chefes do movimento. Sem atuar, o goleiro não recebia um centavo. Já com família formada (casou-se com Maria, e a primeira filha, Maria Cristina, nasceu no meio daquele ano), o jogador teve que contar novamente com o auxílio do pai, passando a trabalhar na oficina da família, acondicionando e consertando motores elétricos por todo aquele período longe dos gramados.

Foi então que, casualmente, em Buenos Aires, Poy topou-se com um nome que fez história no São Paulo e que ajudou Leônidas a elevar o patamar do clube: Antonio Sastre. De 1943 a 1946, Sastre atuou pelo Tricolor e levantou os canecos do Paulista de 1943, 1945 e 1946, este, invicto. Ídolo, lá como cá, Sastre logo emendou para Poy: “Por que não tentas o Brasil? O São Paulo é um grande clube e tenho certeza que te darias bem”. Ponzoníbio, outro argentino que também fez carreira no Mais Querido, pouco depois tomou as providencias e intermediou a ida do goleiro ao Canindé.

poy21.png
Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube – Revista Tricolor nº 28

Convenceram o Rosario a liberar o passe de Poy a custo zero, pois era para um time do exterior, fato que nunca ocorreria se o pedido fosse para outro grêmio local. Faltava só convencer a família. Do pai, escutou: “Vai, meu filho, o Brasil é uma grande terra e lá se joga bom futebol. Vê Leônidas e Domingos, vê o que conseguiu lá o teu amigo Sastre”.

No Canindé, em junho de 1949, reencontrou Feola, trazendo-lhe as cartas de recomendações de Sastre e Ponzoníbio. O velho treinador, porém, tinha conduta rígida e forneceu-lhe, a princípio, um contrato de apenas 15 dias de experiência. A estreia, no dia 14 daquele mês, no Pacaembu, poderia significar o fim do sonho de Poy no Brasil: derrota para uma seleção da AAPESP (Associação dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo) por 2 a 0.

A experiência, contudo, e apesar do resultado, foi transformada em contrato oficial a 18 de julho.  Três mil e oitocentos cruzeiros por mês: Poy, depois de quase um ano, voltou a receber salário como jogador de futebol. O jogador pôde, assim, deixar de se hospedar no hotel da Rua Xavier de Toledo, perto do antigo Mappin, e comprar um apartamento no bairro de Santana (onde viveria por 25 anos), zona norte da Capital e perto do Canindé, onde o Tricolor treinava. 

poy07.pngArquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube – Os companheiros e concorrentes de Poy no Tricolor

Fez parte do elenco que se sagrou campeão paulista em 1949 – o que foi o quinto título são-paulino em sete anos, desde 1943 –, mesmo sem entrar em campo em jogo algum naquela competição. Mário, o goleiro titular, vinha em uma sequência inquestionável. Após uma ou outra participação, Poy só conquistou uma chance efetiva de assumir a meta do Tricolor nos amistosos preparatórios para o Paulistão de 1950.

Foram 12 vitórias, 6 empates e apenas uma derrota. A campanha rendeu a Poy a titularidade na estreia do Campeonato Paulista. Porém, os primeiros anos do goleiro no Tricolor foram de forte concorrência. Além de Mário, Bertolucci também lutava pelo posto e, assim, o argentino só passou a ser considerado o guardião absoluto da posição na temporada de 1953. Resultado? Tricolor Campeão Paulista.

Poy foi tão bem na meta são-paulina que mesmo sendo argentino chegou a ser cotado para assumir o gol da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1954, naturalizando-se, fato que não se concretizou pois o goleiro recusou a oferta, polidamente. Toda forma, ele se sentia realizado no Mais Querido: “É verdade, e não pretendo ter mais do que isto. Estou muito satisfeito no São Paulo e nele desejo jogar até ‘pendurar as chuteiras'” (Revista Tricolor nº 37). 

poy16.pngRevista Placar – Abril de 1993

Transformou-se em um grande ídolo, tanto que era o principal rosto das campanhas publicitárias do São Paulo em materiais referentes a construção do Estádio do Morumbi, e, mais efetivamente, ia para a linha de frente em busca de recursos para a obra. Sem jamais, porém, deixar de lado os afazeres profissionais. (Em quase treze anos de carreira no Tricolor, Poy só foi repreendido por perder um treino uma vez).

Depois de tanto suor derramado pelo “Cícero Pompeu de Toledo”, dentro e fora dos gramados, maior justiça foi o fato de Poy ter sido o primeiro atleta a pisar em campo no novo estádio, e como capitão do time, quando da inauguração deste no dia 2 de outubro de 1960.

Feliz, afirmou à Gazeta Esportiva Ilustrada, nº 169: “Se eu parasse de jogar futebol hoje, nada teria faltado na carreira”.

poy08.pngArquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube

Após efetivamente pendurar as chuteiras, em 1962 (16 de dezembro, Morumbi, São Paulo 3 x 0 Esportiva de Guaratinguetá), Poy assumiu o comando técnico de categorias de base e da equipe profissional do Tricolor por diversas vezes entre 1963 e 1983. A primeira experiência no time principal foi na excursão do São Paulo a El Salvador, no começo de 1964 e de lá trouxe um caneco após vitórias sobre o Alianza, local, e o Slovan, de Bratislava. Regressou para à base e sagrou-se campeão paulista juvenil no mesmo ano (e repetiu o feito em 1969, depois de voltar à formação de jogadores, em 1965).  

Formador de times altamente competitivos, principalmente nas passagens posteriores, o argentino, porém, só conquistou um grande título nessa função: o Campeonato Paulista de 1975. Bateu na trave em outras grandes competições, mas teve a honra de levar o Tricolor à primeira final de Libertadores da história do Clube, em 1974, contra o Independiente da terra natal.

Além de troféu e medalhas, estabeleceu dois dos mais importantes recordes da história do São Paulo: a maior sequência invicta e o melhor sistema defensivo. De 13 de novembro de 1974 a 3 de agosto de 1975, o Tricolor permaneceu sem conhecer a derrota durante 47 jogos consecutivos. E no que se refere a defesa, o time armado por Poy é até hoje insuperável nesse aspecto. Por três temporadas apresentou espetacular média de gols sofridos. (Em 1975, apenas 40 em 72 jogos – 0,56 de média –, em 1974, 42 em 67 partidas – 0,63 de média – e por fim, 1973, 54 gols em 81 disputas – 0,67 de média). Algo que somente foi repetido, e por alguns meses, em 2007, com Muricy Ramalho.

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Depois de comandar o Tricolor pela última vez (7 de maio de 1983, quartas de final do Brasileirão no Morumbi, São Paulo 0 x 1 Atlético Paranaense – renunciou ao cargo), Poy treinou a Portuguesa e o XV de Jaú.

Em 1992, quis o destino ofertar a Poy uma nova chance de tomar parte da conquista da América. Se em 1974, frente ao Independiente, não foi possível, outra oportunidade surgiu ao receber o convite da Diretoria do São Paulo para que fosse o embaixador do Tricolor na decisão da Copa Libertadores daquele ano, contra o Newell’s Old Boys, time da cidade em que nasceu, Rosario.

No dia 7 de junho, Poy já estava na Argentina, preparando o terreno para a chegada da delegação são-paulina que enfrentaria o time local no dia 10, não no estádio o qual era detentor, mas, curiosamente, no do rival, o Gigante de Arroyito – que o ex-goleiro e treinador conhecia tão bem, em fases anteriores. O fato ajudou Poy a cooptar torcedores do Rosario para torcer pelo São Paulo contra o rival.  

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O Estado de S. Paulo de 11 de junho de 1992

Aquela partida, o Tricolor perdeu, mas no jogo de volta, no Morumbi que o ex-goleiro e treinador ajudou a erguer, o São Paulo venceu a Copa Libertadores da América pela primeira vez, contando com outra emblemática contribuição daquele craque do passado que, de todas as formas, sempre ajudou o São Paulo a elevar-se no futebol.  

O argentino, aliás, manteve-se ligado ao esporte até os momentos finais da vida. Em 1994, salvou o XV de Jaú do rebaixamento para a terceira divisão e no ano seguinte o promoveu à série A1 (revelando e cedendo ao Tricolor, depois, França e Edmilson). Dirigiu o clube do interior sobre uma cadeira de rodas nas últimas rodadas daquele campeonato, doente. 1996 foi a última vez que o XV de Jaú disputou a divisão principal do Estado de São Paulo, graças ao treinador. 

Poy faleceu na cidade de São Paulo, no dia 8 de fevereiro de 1996. A história do ídolo, porém, permanece para posteridade. 

poy11.pngArquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube

JOSE POY

Estreia: 14/06/1949   
Último jogo: 16/12/1962
Nascimento: 16/04/1926, Rosário (Argentina)
Falecimento:
 08/02/1996, São Paulo (SP).
Títulos conquistados no SPFC:
 Campeão Paulista de 1949, 1953 e 1957 (e de 1975, como técnico).

poy20.pngRevista Estádio, Chile

 

Cartel geral como jogador do São Paulo

J V E D GS %P %V MS
525 298 108 119 670 63,61 56,76 1,28

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poy13.pngGazeta Esportiva Ilustrada nº 149

Competições 

Nome   J V E D P3 %P %V
Torneio Rio-São Paulo   57 17 15 25 66 38,60 29,82
Campeonato Paulista   266 174 45 47 567 71,05 65,41
Outros Oficiais   8 3 4 1 13 54,17 37,50
Torneios Amistosos   53 28 10 15 94 59,12 52,83
Amistosos    141 76 34 31 262 61,94 53,90

Temporadas

Ano   J V E D P3 %P %V
1949   3 2 0 1 6 66,67 66,67
1950   36 25 7 4 82 75,93 69,44
1951   29 14 6 9 48 55,17 48,28
1952   17 8 3 6 27 52,94 47,06
1953   53 33 9 11 108 67,92 62,26
1954   50 32 7 11 103 68,67 64,00
1955   58 28 16 14 100 57,47 48,28
1956   22 14 2 6 44 66,67 63,64
1957   31 21 8 2 71 76,34 67,74
1958   54 33 14 7 113 69,75 61,11
1959   66 34 17 15 119 60,10 51,52
1960   47 21 9 17 72 51,06 44,68
1961   39 18 10 11 64 54,70 46,15
1962   20 15 0 5 45 75,00 75,00

poy17.pngManchete Esportiva nº 104

Principais adversários

Clubes   J V E D P3 %P
Portuguesa   36 19 6 11 63 58,33
Corinthians   34 13 7 14 46 45,10
Palmeiras   32 9 11 12 38 39,58
Santos   32 11 4 17 37 38,54
Guarani    21 12 4 5 40 63,49
XV de Piracicaba   21 16 5 0 53 84,13
Ponte Preta   17 9 6 2 33 64,71
Juventus   15 12 2 1 38 84,44
XV de Jaú   14 13 0 1 39 92,86
Portuguesa Santista   14 12 2 0 38 90,48

Principais estádios

Estádio J V E D PG %P %V
Pacaembu  241 145 42 54 477 65,97 60,17
Morumbi 20 11 2 7 35 58,33 55,00
Maracanã  17 3 4 10 13 25,49 17,65
Vila Belmiro  17 7 1 9 22 43,14 41,18
Moisés Lucarelli  10 4 4 2 16 53,33 40,00
Brinco de Ouro 9 4 2 3 14 51,85 44,44
Parque Antarctica 9 7 0 2 21 77,78 77,78
Artur Simões (Jaú) 8 7 0 1 21 87,50 87,50
Atanásio Girardot 8 4 2 2 14 58,33 50,00
RGP (Piracicaba) 8 4 4 0 16 66,67 50,00

poy24.png
Museu da Pessoa – Treinando com outro grande ídolo, Leônidas, no Canindé

Principais companheiros de jogo

Jogador P J V E D G
Gino Orlando (Gino Orlando) AT 322 190 62 70 170
De Sordi (Nilton de Sordi) LD 318 183 69 66 0
Mauro (Mauro Ramos de Oliveira) DF 257 159 52 46 1
Víctor (Víctor Ratautas) DF 246 134 56 56 4
Canhoteiro (José Ribamar de Oliveira) AT 241 141 51 49 71
Dino Sani (Dino Sani) VL 222 121 54 47 67
Riberto (Osvaldo Riberto) LE 211 121 46 44 10
Maurinho (Mauro Raphael) AT 208 127 43 38 87
Alfredo Ramos (Alfredo Ramos Castilho) LE 205 123 36 46 1
Bauer (José Carlos Bauer) LM 159 92 30 37 5

Treinadores

Técnico J V E D P %V
Vicente Feola 201 105 46 50 59,87 52,24
Jim Lopes 71 48 10 13 72,30 67,61
Leônidas da Silva 63 36 13 14 64,02 57,14
Armando Renganeschi 51 31 12 8 68,63 60,78
Béla Guttman 41 26 10 5 71,54 63,41
Flávio Costa 36 15 7 14 48,15 41,67
Cláudio Cardoso 15 11 1 3 75,56 73,33
Osvaldo Brandão 13 10 0 3 76,92 76,92
Caxambu 10 6 3 1 70,00 60,00
Manoel R. Paes de Almeida 9 5 4 0 70,37 55,56
Remo Januzzi 6 1 1 4 22,22 16,67
Ariston de Oliveira 5 2 1 2 46,67 40,00
Aymoré Moreira 4 2 0 2 50,00 50,00

poy18.pngA Gazeta Esportiva Ilustrada

 

Cartel geral como treinador do São Paulo

J V E D GM GS SG P3 %P %V MM MS
422 213 129 80 662 361 301 768 60,66 50,47 1,57 0,86

poy25.pngArquivo Público do Estado de São Paulo

Competições

Nome   J V E D GM GS SG P3 %P %V MM MS
Libertadores da América   19 10 5 4 32 15 17 35 61,40 52,63 1,68 0,79
Campeonato Brasileiro   157 71 60 26 227 116 111 273 57,96 45,22 1,45 0,74
Campeonato Paulista   168 87 46 35 255 141 114 307 60,91 51,79 1,52 0,84
Outros Oficiais   9 4 4 1 12 6 6 16 59,26 44,44 1,33 0,67
Torneios Amistosos   29 17 7 5 60 30 30 58 66,67 58,62 2,07 1,03
Amistosos    24 17 5 2 44 20 24 56 77,78 70,83 1,83 0,83

Temporadas

Ano   J V E D GM GS SG P3 %P %V MM MS
1964   32 16 6 10 73 48 25 54 56,25 50,00 2,28 1,50
1965   41 19 10 12 79 66 13 67 54,47 46,34 1,93 1,61
1970   2 2 0 0 5 1 4 6 100,00 100,00 2,50 0,50
1971   13 7 4 2 17 8 9 25 64,10 53,85 1,31 0,62
1972   17 11 2 4 42 20 22 35 68,63 64,71 2,47 1,18
1973   40 13 19 8 40 27 13 58 48,33 32,50 1,00 0,68
1974   79 38 30 11 104 48 56 144 60,76 48,10 1,32 0,61
1975   72 42 24 6 104 40 64 150 69,44 58,33 1,44 0,56
1976   53 22 18 13 72 41 31 84 52,83 41,51 1,36 0,77
1982   51 30 11 10 79 45 34 101 66,01 58,82 1,55 0,88
1983   22 13 5 4 47 17 30 44 66,67 59,09 2,14 0,77

poy12.png
Setor do Galo (site sobre o XV de Jaú) – Poy treinando o time do interior em cadeira de rodas

Principais adversários

Clubes   J V E D GM GS SG P3 %P MM MS
Corinthians   27 11 5 11 33 30 3 38 46,91 1,22 1,11
Palmeiras   26 6 10 10 22 29 -7 28 35,90 0,85 1,12
Portuguesa   24 8 12 4 31 20 11 36 50,00 1,29 0,83
Guarani   18 6 10 2 29 16 13 28 51,85 1,61 0,89
Santos   17 5 9 3 20 16 4 24 47,06 1,18 0,94
Botafogo (RP)   13 7 3 3 21 15 6 24 61,54 1,62 1,15
São Bento    12 10 2 0 22 3 19 32 88,89 1,83 0,25
Noroeste   11 7 4 0 21 4 17 25 75,76 1,91 0,36
América (SJRP)   10 4 3 3 9 6 3 15 50,00 0,90 0,60
Comercial (RP)   9 5 3 1 14 7 7 18 66,67 1,56 0,78
Ferroviária   9 7 1 1 21 5 16 22 81,48 2,33 0,56
Juventus   9 4 2 3 13 12 1 14 51,85 1,44 1,33
Ponte Preta   9 6 1 2 13 7 6 19 70,37 1,44 0,78
Cruzeiro   9 5 2 2 9 5 4 17 62,96 1,00 0,56

Estádios mais vezes frequentados

Nome J V E D GM GS SG PG %P %V MM MS
Morumbi 152 76 48 28 234 116 118 276 60,53 50,00 1,54 0,76
Pacaembu  69 38 17 14 117 67 50 131 63,29 55,07 1,70 0,97
Maracanã  12 1 3 8 9 20 -11 6 16,67 8,33 0,75 1,67
Colosso do Arruda 10 5 4 1 19 6 13 19 63,33 50,00 1,90 0,60
Parque Antarctica 9 5 3 1 11 5 6 18 66,67 55,56 1,22 0,56
Mineirão 8 3 2 3 6 5 1 11 45,83 37,50 0,75 0,63
Brinco de Ouro 7 3 4 0 16 7 9 13 61,90 42,86 2,29 1,00
Mário de Mendonça 7 3 2 2 7 4 3 11 52,38 42,86 1,00 0,57
Alfredão 6 3 3 0 8 4 4 12 66,67 50,00 1,33 0,67
Moisés Lucarelli  6 4 0 2 9 6 3 12 66,67 66,67 1,50 1,00
Couto Pereira 6 1 3 2 7 8 -1 6 33,33 16,67 1,17 1,33
Santa Cruz 6 3 1 2 8 6 2 10 55,56 50,00 1,33 1,00

poy19.pngArquivo Histórico do São Paulo – Poy (3º) com o time juvenil campeão paulista de 1969

Jogadores mais vezes escalados

Nome P J V E D GM
Waldir Peres (Waldir Peres Arruda) GL 256 130 88 38 0
Arlindo (Arlindo Galvão) DF 231 111 85 35 3
Terto (Tertuliano Severiano dos Santos) AT 226 115 76 35 42
Gilberto Sorriso (Gilberto Ferreira da Silva) LE 226 115 75 36 4
Nelson (Nelson Baptista Junior) LD 215 108 78 29 3
Pedro Rocha (Pedro Virgílio Rocha Franchetti) MC 214 114 68 32 70
Paranhos (Marivaldo Paranhos Prado) DF 185 87 72 26 0
Zé Carlos (José Carlos Serrão) MD 183 84 69 30 17
Chicão (Francisco Jesuíno Avanzi) VL 171 78 70 23 15
Serginho Chulapa (Sérgio Bernardino) AT 157 84 51 22 80
Ademir (Ademir Antônio Chiarotti) MC 128 66 48 14 9
Piau (Eronides de Souza) AT 121 56 46 19 9
Muricy (Muricy Ramalho) AT 116 63 38 15 14

poy22.pngArquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube

 “Realmente, eu tive muita sorte, fui feliz em muita coisa, em tudo que fiz… então futebol é minha paixão. Eu gostaria de finalizar minha vida desportiva dentro do São Paulo, fazendo aquilo, onde eu me iniciei, não jogando bola, naturalmente, mas fazendo alguma coisa, colaborando com o São Paulo na medida do possível” – Poy ao Memorial do São Paulo e Museu da Pessoa, 1994.


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