O São Paulo Futebol Clube entende ser importante e necessário esclarecer sua posição institucional, bem como a de seus atletas, frente ao episódio deste domingo (9), que resultou na não realização de seu jogo contra o Goiás.
Desde o retorno das atividades após a paralisação em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o departamento de futebol do São Paulo adotou todos os cuidados necessários para controlar e reduzir, ao máximo, a exposição de seus atletas, comissão técnica e demais funcionários, para assim evitar qualquer caso que pudesse trazer risco à coletividade que trabalha diariamente nas dependências do clube, seja no CT da Barra Funda ou no CFA de Cotia. Do início de julho até aqui, foi implementado um rígido protocolo de trabalho dentro do departamento de futebol, encarado com extremo profissionalismo pelos atletas. A prova da seriedade com que nosso elenco encara a pandemia e os cuidados que ela exige se mostra claramente diante do fato de que não houve, do primeiro teste até aqui, o registro de nenhum novo caso de infecção pelos nossos atletas.
O adiamento do jogo em Goiás, fruto de exames que atestaram o contágio por boa parte do elenco adversário, foi e será respeitado pelo São Paulo. O clube recorda, porém, que está fazendo sua parte, e o departamento de futebol tomou todos os devidos cuidados na semana que precedeu a partida, os atletas mantiveram a conscientização e as medidas de isolamento necessárias, e os testes protocolares e internos foram devidamente realizados. A delegação viajou em voo fretado, evitando exposição e seguindo as mais restritas recomendações tanto durante a viagem quanto na hospedagem em Goiânia.
Assim, devido aos fatos relatados, não havia realmente condições de segurança para que o jogo deste domingo fosse realizado, e o desfecho de voltar para casa sem poder disputar a partida nos faz relembrar a importância de que o mesmo profissionalismo praticado pelo São Paulo se reflita em outras instituições. É preciso ter responsabilidade diante de uma doença que já fez mais de 100 mil vítimas no Brasil. A exposição a que foram submetidos representa prejuízo aos atletas, comissão técnica e funcionários do São Paulo, com a lembrança de que, da nossa parte, foram seguidas as precauções em respeito à gravidade da pandemia.