Calendário 18/02/2008 - 00:00

Em solenidade nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, finalmente foi lançada a Timemania, com a presença do ídolo Pelé, que serviu como garoto-propaganda da loteria, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, do presidente são-paulino Juvenal Juvêncio, além de vários dirigentes do futebol brasileiro.


A Timemania é uma loteria criada pelo governo federal com o objetivo de injetar nova receita nos clubes de futebol. Com funcionamento semelhante ao da Mega Sena, a loteria utilizará os brasões dos clubes no lugar dos números.


Em troca da cedência de suas marcas, os clubes receberão 22% da arrecadação da loteria e destinarão os valores para quitarem dívidas com a União em FGTS, INSS e Receita Federal.


Serão utilizados nos jogos os símbolos dos 80 times participantes do Campeonato Brasileiro nas séries A, B e C. Os torcedores poderão também apostar no Clube do Coração. A expectativa é que com a loteria os clubes retomarão a capacidade de investimento e de financiamento.


Participando da loteria, os clubes terão que cumprir algumas contrapartidas criadas pelo governo, como a publicação de balanços financeiros e a apresentação de documentação que prove que os dirigentes não têm contra si nenhuma condenação por crime doloso ou contravenção em qualquer instância da Justiça.

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, representou os clubes e destacou a importância do futebol e dos esportes para o crescimento do País.

“Esse governo está vendo o País, entendendo como ele é. Isso vai ajudar aquele menino da palfita que não tem uma oportunidade. Os clubes vão trazer esses jovens para o esporte”, disse.

“O futebol é a representação do povo brasileiro, de mãos calosas e pés descalços. É o único momento em que o engravatado divide espaço com o humilde”, completou o presidente tricolor.

O ministro Orlando Silva destacou a mudança no pensamento do futebol brasileiro. “O sucesso já pode ser medido pela participação dos clubes nesse processo”, disse, em referência a adesão de todos os clubes que participam das séries A,B e C do futebol brasileiro.

“É nítida a evolução do futebol brasileiro fora das quatro linhas. Não existe mais viradas de mesa, os regulamentos dos torneios são de entendimento de todos, as prestações de contas são divulgadas amplamente”, completou o ministro.


Distribuição da arrecadação da loteria:
46% – para o valor dos prêmios;
22% – para os clubes que aderiram à loteria;
20% – para o custeio e manutenção do serviço;
3% – para projetos esportivos na rede de educação básica e superior e para ações dos clubes sociais;
3% – para o Fundo Penitenciário Nacional;
3% – para as Santas Casas de Misericórdia;
2% – Lei Agnelo/Piva;
1% – para a seguridade social;

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