No dia 4 de março de 1922, há exatamente 100 anos, Elísio dos Santos Teixeira, o Teixeirinha, nasceu na capital paulista. O ponta foi um dos primeiros grandes jogadores da história são-paulina que começou na incipiente categoria de base do clube, então com 17 anos. Em pouco menos de dois anos, já era peça vital do Tricolor no time principal.
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Com apenas 18 anos, já havia marcado uma trinca de gols em um único jogo (contra o Juventus, em 1940, e feito que se mantém como recorde – de mais jovem a realizá-lo – até hoje). O atleta primava pela regularidade. Nunca atuava mal, mas dificilmente era apontado como o melhor em campo. Entretanto, a eficiência de Teixeirinha era bem acima da média. Uma jogada que fazia costumeiramente era superar o lateral adversário correndo junto a linha lateral e só virar para a direita a poucos metros da linha de fundo. Dificilmente avançava em diagonal, pelo meio.
Foi um dos mais longevos e vencedores jogadores da história são-paulina. Defendeu o time principal de outubro de 1939 a março de 1956, quase 17 anos, em mais de 6.000 dias como atleta do clube (somente Rogério Ceni teve mais tempo de casa do que ele). Sua representatividade era tanta que era dele o armário nº 1 de todos os vestiários que frequentou.
É o são-paulino mais vezes campeão do Campeonato Paulista, que, na época do atleta, era a competição mais importante que poderia disputar. Foram seis títulos estaduais: 1943, 1945, 1946, 1948, 1949 e 1953, e sempre como um componente fundamental do Rolo Compressor.
Ao todo, foram 525 com o distintivo do São Paulo no peito, com 319 vitórias, 99 empates e 107 derrotas, e incríveis 188 gols marcados (uma marca certamente expressiva para um ponta, jogador mais especializado em servir os companheiros). Estes números o tornam o quinto atleta que mais vezes jogou pelo Tricolor e o quarto que mais fez gols pelo time. Como prata da casa, apenas Rogério Ceni e Roberto Dias possuem mais jogos do que ele. E, em termos de gols, só Serginho Chulapa, dentre os revelados pela base tricolor, marcou mais.
Teixeirinha faleceu em São Paulo, no dia 17 de agosto de 1999, mas o ídolo está eternizado na história são-paulina.